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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA - Alda Bernardes de Faria e Silva

O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA
Alda Bernardes de Faria e Silva




A riqueza da flora do Parque Nacional do Itatiaia e a expressividade de suas formações geomorfológicas, causaram importante relato devido à visita do botânico Glaziou em companhia da princesa Imperial D’Eu em julho de 1872 em “Mont - Serrat” – uma das antigas fazendas de Irineu Evangelista de Souza (antigo nome do Parque).
Com a abolição da escravatura suas fazendas foram vendidas , quando surgiram dois Núcleos Coloniais: um no vale do rio Campo Belo, denominado Itatiaia; e o outro no vale do rio Preto, denominado Visconde de Mauá.
Precisamente em 14 de junho de 1937, através do Decreto 1.713 o Governo Federal criou o Parque Nacional do Itatiaia, localizando-o em uma notável área da Serra da Mantiqueira, como o primeiro Parque Nacional do Brasil.
Com esta atitude poder-se-ia equacionar o problema do equilíbrio ambiental, do ponto de vista regional, entre outras ações.
É importante definir sua topografia de difícil acesso, de penetração penosa.
Outro aspecto observado se dá às práticas violentas das lavouras extensivas e do pastoreio sobre pastagens queimadas anualmente, além do extrativismo da lenha, palmito “Juçara” e da madeira nativa, sacrificaram animais de várias espécies, além da destruição da flora e das matas tropicais.
A imponência do Itatiaia com sua respectiva riqueza de fauna e flora se define com exuberante florística ainda hoje, mesmo deflagrada às queimadas e a ocupação predatória de suas terras.
Essa possibilidade se dá graças as condições de luz e altitude inerentes no Itatiaia.
Interessa dizer que possui gigantesco maciço geológico – o segundo grande grupo de foiaíto existente no mundo.
De sua localização podemos dizer que se encontra em pontos limítrofes dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e cuja posição é 22º 24’ 48’’ latitude Sul e 44º 50’ 0’’ de longitude Greenwich ou 1º 39’ 39’’ W. do Rio de Janeiro, com a altitude de 2.180 metros sobre o nível do mar.
A serra abrange terrenos dos municípios de Queluz(São Paulo), Resende, onde está a sua maior área, (Estado do Rio) e Itamonte, Liberdade e Aiuruóca, (Estado de Minas Gerais).
A sua direção geral é E O apresentando-se ela, olhada do vale do Paraíba, de altitude aparentemente de súbito elevada e uniforme.
Sua constituição geológica empresta-lhe, nas partes mais elevadas, singulares formas e belezas realmente admiráveis.

Bibliografia da autora



1. Pedro Braile, neto – Resende no seu ducentésimo ano de existência – edição 1944;
2. Camejo, Rui – Revista de Itatiaia – abril/89 – página 13


Como é linda a natureza
Ten. Sebastião de Almeida



Como é linda a natureza,
Que Itatiaia mostra pra todo Brasil,
Em baixo, um verde, que beleza,
Em cima um céu azul anil.

Pássaros noturnos entoam um cantar,
Num clarão do cintilar dos pirilampos,
O ruído das águas em seu leitor a rolar,
E o orvalho que molha a relva dos campos.

De dia, o gorjear dos passarinhos,
Em cada fresta um raio de luz solar adentra,
O Parque Nacional expõe em seus caminhos,
Tudo de belo que a floresta apresenta.


Itatiaia, tu abraças com tua vegetação,
Um magnífico patrimônio da cidade,
Mostrando insetos oriundos da região,
Em seu Museu de grande autenticidade.

Auxiliando sempre a ecologia,
Ajudamos a preservar a natureza,
Itatiaia, tu viverás sempre em harmonia,
Para que possamos respirar toda pureza.


Parque Nacional, tu és sexagenário,
Com mais de meio século de fundação,
Sua fauna e flora fazem o seu cenário,
Tornando um palco de zoo-vegetação.


Amar você Parque Nacional.
É amar a natureza,
É amar esta beleza,
De um país sensacional.

ALGUMAS DAS PERSONALIDADES ILUSTRES QUE MARCARAM SUAS PRESENÇAS EM ITATIAIA DE ONTEM E HOJE (SEGUNDA PARTE) Alda Bernardes de Faria e Silva

1- HERBERT DE SOUZA – O BETINHO

Seu sonho era “ninguém morando nas ruas, educação para todos, favelas urbanizadas, crianças alimentadas e esporte servindo como integração social.”
Betinho nasceu em 13/11/1935, em bocaiúva, interior de Minas Gerais. Filho de Henrique e Maria da Conceição Figueiredo de Souza.
É sociólogo, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1962.
Como um “bom mineiro”, Betinho vai passo a passo construindo sua trajetória através de Ações como poucas vezes se viu no Brasil.
Desde cedo a vida lhe mostra que sua missão seria árdua e que apesar da aparência frágil seria necessário lutar!!! E isto foi o que fez durante toda a sua vida. Lutou pela vida. A sua e a de milhares de brasileiros. De 1950 a 53 é vítima de tuberculose e vive confinado num quarto, nos fundos de sua casa.
No fim da década de 50 começa a militância na Juventude Estudantil Católica e na Juventude Universitária. Em 1962, aos 27 anos é um dos fundadores da organização marxista Ação Popular. Em 1964 com o golpe Militar até 79 viveu exilado em vários países e retornou ao Brasil em 16/09/79 com a anistia política. Cria em 1981 o IBASE(Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), cuja meta é democratizar o acesso à informática.
Por ser hemofílico, contraiu em 1996, AIDS em uma das inúmeras transfusões de sangue às quais era obrigado a se submeter. Neste mesmo ano cria a ABIA, entidade que vira referência na luta para o controle dos bancos de sangue e contra a discriminação.
Em 1988, Betinho perdeu dois irmãos também hemofílicos e com AIDS: O cartunista Henfil e o músico Chico Mário.
Assume o cargo de 1º defensor do povo do município do RJ, sem remuneração.
Em 1992 começa a Campanha para que os restaurantes, em vez de jogar fora a comida que sobrou, doem para comunidades carentes. Sai daí o embrião da Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida.
Participa do Movimento pela Ética na Política, que resultou no “Impeachement” do Presidente Fernando Collor.
Em 1993 surgem em todo país comitês da Ação da Cidadania, Campanha conhecida como “Campanha do Betinho”.
Em 1996 faz a Sapucaí chorar ao sair como destaque da Escola de Samba Império Serrano, que levou o tema: “E verás que um filho teu não foge à luta”, sobre sua vida.
Em meio a tantas lutas Betinho encontra em nossas terras o clima ideal para refazer suas energias unindo-se a isto a hospitalidade do nosso povo, ele adquire na atual Fazenda da Serra, ITATIAIA – RJ, um sítio onde passa os fins de semana, com um novo aprendizado da vida: Conviver com a morte, dando um novo sentido para a vida a cada dia.
Em julho de 1997, Betinho é internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, no rio, vítima de uma infecção oral, vinte e seis dias depois, pede para voltar para casa.
Herbert de Souza morreu em sua casa em Botafogo, no RJ, dia 9 de agosto de 1997, com 61 anos de idade, vítima de hepatite do tipo “c” e em 11 de agosto, o corpo do sociólogo é cremado e a pedido de Betinho, as cinzas foram espalhadas em seu sítio em Itatiaia.
Nota final: Recebeu título em homenagem póstuma pela Câmara Municipal de Itatiaia, em junho de 1999.

2- Alberto da Veiga Guignard

Em 1896, nasce a 25 de fevereiro, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
Em 1915, o padrasto o inscreve numa fazenda-escola em Freising, perto de Munique/Alemanha para que se forme em Agronomia e Zootécnica.
Em 1918 reside na casa de campo de sua mãe, em Grasse, França, seguindo para a Suíça e Itália, onde toma conhecimento da arte européia. Retorna ao Brasil em 1929, após morar em Florença e trabalhar como pintor e desenhista na Fundação Osório, no Rio de Janeiro.
De 1940 a 1942, morando em Nova Friburgo inicia longa série de desenhos e pinturas das serras de Itatiaia, RJ, residindo por longos períodos no Hotel Repouso Itatiaia, de propriedade do seu amigo, o musicista alemão Robert Donatti. Como retribuição delicada da hospedagem que lhe é oferecida, pinta portas, janelas e móveis da sede do hotel e do chalé em que ficava.
Além de retratar o amigo Donatti e a afilhada Dora(proprietária do Hotel Repouso, hoje Hotel Donatti) que guarda do ilustre visitante uma saudade mista de admiração, respeito e meiguice, pois, quando recorda de sua meninice e do ilustre pintor alegrando uns e outros, pintando guardanapos para as mesas dos hóspedes, a energia que paira no ar ao relembrar ou rever suas pinturas é sereno, calmo, como as paisagens retratadas em suas obras.
Quase que “descarioquizado”, ele depois de desenhar e pintar essas queridas montanhas do Itatiaia, transfere-se para Minas Gerais em 1944, a convite do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek de Oliveira, para dirigir a Escola de Artes, de Belo Horizonte, hoje Escola Guignard. Em torno do artista se agrupa a juventude mineira interessada na arte moderna.
Em 1961, na revista TIME, uma matéria comenta ser GUIGNARD, o filho mais querido do Brasil; sua pintura é preferencialmente, lisa, ignorando o empaste.
Bom. Guignard! No meio de tanta coisa ruim, de tanta miséria e tanto desencontro, eis sua pintura, fresca como um sorriso de criança, sua pintura onde em casas singelas, vivem seres simples e felizes. Sua pintura onde, em frondes verdes, cantam sempre passarinhos.

Nota: Parte do texto foi extraído de escritos sobre Guignard na ótica de Vinícius de Moraes em outubro de 1952. Livro. Vinícius de Moraes. Poesia completa e Prosa – vol. 1 – 1981 Ed. Novo Aguilar S/A

3- PAULO DE CAMPOS PORTO

Natural de Juiz de Fora – MG. Nascido em 9-1-1889. Filho de Augusto de Campos Porto e D. Maria Barbosa Rodrigues de Campos Porto. Naturalista e agrimensor, formado pela Faculdade da Universidade do RJ. Foi o 1º diretor do Parque Nacional do Itatiaia de 1937 a 1939. A idéia de criação do Parque Nacional do Itatiaia-PNI. Ocorre depois que o Naturalista do Jardim Botânico Campos Porto realizou vários estudos da sistemática na região do Itatiaia e constatou a destruição progressiva daquelas matas. Isto o levou a enviar correspondência ao Diretor do Jardim Botânico J. C. Wiltis, denunciando a devastação e sugerindo a criação do Parque Nacional, “criação das fraldas do Itatiaia” até a parte superior da montanha que pelo seu clima e condições topográficas prestaria a ciência relevante serviços. (Contribuição do diretor do PNI, em 14-06-87 – Mário Augusto Bernardes Rondom) – Casado com D. Maria Antonieta Franco de Campos Porto. Falecido em 6-11-1968. Era de família radicada em Itatiaia.

4- GETÚLIO DORNELLES VARGAS

Nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul, a 19 de Abril de 1883. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Porto Alegre em 1907. Foi Promotor Público, nessa mesma cidade até 1909, passando a exercer a advocacia em sua terra nata. Foi eleito deputado estadual – 19-09-1912. Reeleito, renunciou à Câmara em 1917. Em 1926, ocupou ao Ministério da Fazenda, a convite do Presidente Washington Luís.
Em 1930, deu início a um movimento armado com sede no Rio Grande do Sul, tendo apoio de São Paulo, Minas Gerais e Paraíba, que o levou ao poder. Governou inconstitucionalmente até a promulgação da Constituição de 1934, acontecendo durante esse período à revolução constitucionalista de São Paulo. Dissolveu o Congresso às vésperas das eleições em 1937, fazendo promulgar uma nova constituição em 10 de novembro de 1937, a qual chamou de “Estado Novo”.
Por esta época, para ser mais precisa a 14 de junho de 1937, através do decreto no 1713, o Presidente Getúlio Vargas cria o Parque Nacional do Itatiaia, a pedido de Paulo de Campos Porto, que veio a ser o 1º Administrador do Parque.
Para inauguração da Pedra Fundamental vem à nossa cidade, o então Presidente Getúlio Vargas. Em seu trajeto pela via Dutra, conta-se que o povo ficava encantado com o presidente e toda comitiva que ao chegava à Fazenda – Chalé do Sr. Roberto Cotrim, a convite para uma tradicional festa em homenagem a São João, a fim de agradecer a boa colheita e tudo que a fazenda produzia. Dona Graciema como anfitriã permaneceu ao lado do Presidente.
Para dar início à festa o tropeiro da fazenda José Julião Sampaio marcava a quadrilha junto com D. Graciema e desta forma iniciavam-se os festejos.
Após a quadrilha, Getúlio Vargas plantou na entrada da fazenda um pé de “framboyant”, que ainda permanece no local como que a manter os sons daquele dia.
Em cada parte da fazenda havia uma dança típica e na casa principal: dança de salão.
Getúlio dançou em cada recanto da fazenda junto aos convidados e como era vontade de Campos Porto, ficou conhecendo o que era tradição no interior do Estado do Rio.
Em 1942, Getúlio Vargas declara estado de Guerra com a Alemanha e Itália.
Permaneceu na presidência até 1945. Foi deposto pelas Forças Armadas. Em 1950, foi eleito Presidente da República e desenvolveu neste período a Siderurgia, criou a Petrobrás e a remodelação trabalhista. Suicidou-se em 24 de agosto de 1954, por problemas políticos.

5- PE JOSÉ WYRWINSKI

Pe José Wyrwinski nasceu aos 15 de janeiro de 1912 em BIECZYNY, Estado de POZNÁN, na Polônia. Seus pais, Francisco WYRWINSKI e Francisca ROSZAK WYRWINSKI eram agricultores. Tiveram doze filhos e Pe José era o nono filho do casal.
Cursou o primário em PIATKOWO, hoje distrito de POZNAN. Fez o curso ginasial em POZNAN. Em fevereiro de 1933 entra na Congregação da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, atraído pelo exemplo de seu grande amigo, já falecido Pe Francisco ANDERS. Concluiu o noviciado na Casa da Congregação em Cracóvia e aos 15 de Agosto de 1934 fez primeiros votos religiosos. Neste mesmo ano foi enviado para Roma-Itália, onde permaneceu na Casa Generalícia da Congregação, no Seminário Internacional, convivendo com estudantes americanos, poloneses, italianos e búlgaros. Estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, três anos de Filosofia – licenciado em Filosofia e quatro anos de Teologia.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi ordenado sacerdote aos 7 de junho de 1941 na Basílica de São João Latrão.
Foi nomeado Mestre dos Noviços durante dois anos.
Estudou dois anos de Direito Canônico. Atuou como Capelão no Exército Polonês que lutava ao lado dos ingleses na Itália. Acompanhou o exército na luta até o norte da Itália e foi condecorado pelos bons prestados com a Cruz de Prata pelos méritos e medalhas de Guerra da Inglaterra, Itália e Polônia. Em setembro de 1946, acompanhando os soldados poloneses, foi embarcado para a Inglaterra. Dois anos depois desmobilizado do Exército a pedido da Congregação foi trabalhar na paróquia de BIASCA, TKCINO, na Suíça.
No ano de 1950 foi enviado a Viena – Áustria ainda ocupada pelos exércitos aliados, sendo nomeado superior da Casa da Congregação e Reitor da Igreja para dar assistência religiosa aos Poloneses de Viena e de toda a Áustria.
Retorna a Roma sete anos depois, onde encontrou D. Agnello Rossi, naquela época Bispo de Barra do Piraí, que na ocasião procurava padres para trabalhar no Brasil.
Pe José aceitou o convite de D. Agnello e dia 9 de março de 1959, junto com Pe Leon WOJTYNIAK, desembarcaram no Rio de Janeiro. Foram enviados por D. Agnello a Resende, onde fundaram a Paróquia de Santa Cecília no Manejo.
Pe José trabalhou durante três anos como vigário Cooperador e então D. Agnello o convidou para ser vigário da Paróquia de São José em Itatiaia. Dia 22 de março de 1962 ele tomou posse da Paróquia.
Atuou durante 27 anos como Pároco em Itatiaia, como o próprio diz sua “Terra Brasileira” e sua “casa”.
Aposentou-se em 31 de janeiro de 1988 e, e, 1989 foi para Curitiba exercer ofício no Seminário do Cristo Ressuscitado.
Em 1990 foi homenageado e recebeu o Título de Cidadão Itatiaiense.
Em 1992 Pe José retorna a Itatiaia para morar definitivamente.
Com a saúde debilitada, agravada em 1994, por graves problemas cardíacos, tem suas atividades limitadas.
Seus cabelos brancos, o olhar claro, seu falar calmo com forte sotaque polonês, doce, tranqüilo, pacífico, este é Pe José Wyrwinski, cujo princípio de vida se resume na frase: “O importante é cativar.”
Em sua longa trajetória por nossas terras, PE JOSÉ WYRWINSKI acaba se tornando membro de inúmeras famílias e é com a grata satisfação que o vemos participar das mais variadas atividades em nosso dia a dia.
Em festas, casamentos, batizados e almoços sempre havia tempo para as estórias da Polônia, da juventude de seus pais e irmãos.
E aos 10 dias do mês de março de 2002, seus lindos olhos azuis se fecham para as belezas de Itatiaia, mas permanecem na memória deste povo a luz que por anos, ele, Pe José, fez brilhar em nossas vidas.

Fonte: Parte do texto foi extraído do Documentário da Comunidade Eclesial de São Benedito – Engenheiro Passos – maio de 1999.

6- VINÍCIUS DE MORAES

Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de Outubro de 1913 na rua Lopes Quintas, n. º 114, hoje, 368, Gávea.
Conta-se que nasceu empelicado e acabou por descuidos apanhando bronquite “que lhe sacudiu o corpinho frágil durante a infância e balançou na mocidade o arcabouço do rapaz forte em que se transformou.”
Talvez por este motivo vinha com freqüência ao Parque Nacional do Itatiaia, no Hotel do amigo Donatti, onde escreveu vários poemas. O Pôr do Sol em Itatiaia, Campo Belo 1940. Fala do silêncio das nascentes, das luzes, das belezas da nossa terra. Que para a alma deveria soar como bálsamo.
Em 1933, Vinícius de Moraes escreve na antiga Pousada Itaóca no PNI, mais um poema sobre as nossas belezas.
Itaóca

Serenamente pousada
Sobre a montanha elevada
Como um ninho de poesia,
A casa branca e pequena
É como a mansão serena
Da luz, da paz, da alegria!

Ó viajante fatigado
Se no teu passo cansado
Aqui vieres pousar
Tu voltarás satisfeito
Com risos largos no peito
E calmas santas no olhar!

Vinícius de Moraes, Campo Belo, 1933.

7- OSMAR AMORIM


Filho de Antonio Augusto Amorim e de Maria Geraldes Amorim, naturais de Portugal. Nasceu a 26 de março de 1917, no antigo Distrito Federal, hoje Rio de Janeiro. Cursou o Colégio Pedro II e serviu no Batalhão de Guardas em 1936. Fez o curso Prático de Farmácia e logo após o curso de Farmacêutico, recebendo em março de 1940 o Diploma de Farmacêutico, título conferido pela Faculdade Livre de Ubá do Estado de Minas Gerais. Começa em 1945 a exercer sua vida profissional na cidade de Volta Redonda vindo mais tarde para Itatiaia, então Campo Belo, onde se radicou e viveu intensamente e incansavelmente por esta terra, que se considerava filho dela. Homem trabalhador procurava servir a sua comunidade dando-lhe toda a assistência, tanto profissionalmente como comunitariamente. Servia a todos indistintamente.
Político fervoroso batalhou incansavelmente por várias benfeitorias do local.
Recebeu em 30 de novembro de 1971, diploma de Honra ao Mérito do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Recebeu também, Diploma de Vereador Benemérito pela realização de várias obras, que muito beneficiou o distrito, como instalação da Rede Elétrica e inauguração do Grupo Escolar do Bairro Cabral. Sócio Fundador do Lions Clube de Resende, recebe em 1971 diploma pelos Dez anos de serviços prestados a sua comunidade.
Lança a pedra fundamental do Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto.
Casou-se em 1937 com Joselita Nascimento Amorim e dessa união tiveram 8 filhos, sendo 6 homens e 2 mulheres. Faleceu em 1º de junho de 1973 levando consigo um dos seus maiores sonhos, ver Itatiaia emancipado.
Seu nome hoje é lembrado numa das ruas desta terra que tanto amou.


8- GIL BERNARDES
Natural de Itatiaia, nascido em 16-11-1884. Filho de José Mendes Bernardes e D. Maria Carolina Mendes Bernardes. Fazendeiro. Presidente da Câmara Municipal de Resende. Casado em primeira núpcias com D. Laura Barreto Bernardes e em segunda núpcias com D. Albertina Bernardes.

9- HÉLIO MELLO DE ALMEIDA

Carioca, o engenheiro Hélio Mello de Almeida, ministro do governo João Goulart de 1962 a 63. À frente da pasta da Viação e Obras Públicas, ele fez melhorias nas estradas e na malha ferroviária do país. Graças a seu empenho, a estrada Rio – Bahia foi construída e a Rio – São Paulo Duplicada. Nascido em 12 de junho de 1919, formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da antiga Universidade do Brasil(atual UFRJ) em 1943. Atuou intensamente na política estudantil. À frente da UNE de 1942 a 1943, conseguiu do ministro Gustavo Capanema a doação de uma sede própria para a entidade.
Sua atuação na construção de várias ferrovias e em indústrias e como presidente do Clube de Engenharia o levou à indicação para o ministério de Jango, em 1962. Também foi reconhecido por seu plano de combate à seca do Nordeste. O escritor Jorge Amado chegou a indicá-lo para homem do ano de 1962. Durante o regime militar, voltou a ocupar o cargo de presidente do Clube de Engenharia, por dois mandatos, de 1967 a 1973. em 1975, elegeu-se deputado federal pelo MDB.
Em 1984 lutou a favor da campanha das Diretas-já e, em 1992, do impeachment do presidente Fernando Collor. Desde 95, entretanto,estava afastado da vida pública por conta de problemas de saúde. Morreu ontem de falência múltipla dos órgãos, em casa, no Rio.Seu corpo foi cremado e, a seu pedido, suas cinzas foram espalhadas pelos jardins do sítio da família, em Itatiaia.
No dia 12 de abril, a Academia Itatiaiense de História fez realizar a Missa de 7º dia na Igreja Matriz de São José, em Itatiaia, onde amigos e parentes do mesmo marcaram presença.

FONTE: Obituário – 06/04/2002 – Jornal O GLOBO

10 - Alda Bernardes de Faria e Silva *1925


Alda nasceu em 27/11/1925, filha de Waldemar Bernardes e Hermínia Arantes Bernardes. Essa presente obra deve-se ao seu esforço por mais de 30 anos, na pesquisa e coleta de dados da nossa genealogia. Pode parecer natural, para alguém duplamente Bernardes. Mas qualquer um que se envolva com tal empreitada perceberá logo que curiosidade e interesse não bastam. Só mesmo a persistência, o rigor, a paciência, o amor e o orgulho pela sua ascendência e descendência podem realizar tal tarefa. Todos esses atributos Tia Alda possui, e muitos mais.
Escrever sobre a sua vida profissional, requer fôlego. Essa incansável e eclética mulher transita em várias áreas: Fisioterapia, História, Artes. E em cada frente, abre outras.
Iniciou sua vida profissional como professora de Educação Física no Grupo Escola Ezequiel Freire e Colégio Santa Ângela, em 1948 e 1949. De 1950 a 1952 trabalhou na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, como Fisioterapeuta; de 1953 a 1980, foi uma das fundadoras da Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD), em São Paulo, sendo que vinte e dois anos foram dedicados à chefia do Departamento de Fisioterapia. Participou de várias cursos de Extensão Universitária, na área da Reabilitação da Paralisias Cerebrais, na USP e outros ministrados por professores norte-americanos convidados.
Foi a primeira mulher a ser admitida em Lions na região LC-1 e uma das poucas brasileiras a ter seu nome na nominata internacional; participou de inúmeras campanhas de cunho filantrópico, bem como instituições do porte do Centro Espírita Casa de Ismael, Dízimo São José e Grupo da Terceira Idade.
Tia Alda trabalhou muito também pelo Município de Itatiaia, seu grande orgulho. É Sócia fundadora e Membro Acadêmico da ARDHIS (Academia Resendense de História); Membro Acadêmico e sócia fundadora da ACIDHIS (Academia Itatiaiense de História) e sua Presidente; membro efetivo da AHTMB (Academia de História Militar Terrestre do Brasil). Membro do IEV- Instituto de Estudos Vale Paraibanos – SP; Sócia Fundadora da APROPANI – Associação Pró-Parque Nacional do Itatiaia; é Membro da ALAC (Academia de Letras, Artes e Ciências do Lions Clube do Rio de Janeiro).
Ministrou conferências, transmitindo seus conhecimentos sobre a História de Itatiaia em Simpósio do IEV na Academia Itatiaiense de História em 1996; representou Itatiaia no I Colóquio realizado pelo IHRJ (Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro), com o trabalho O MUNICÍPIO DE ITATIAIA, a qual foi ovacionada de pé pelos participantes; participou no XV Simpósio de História do Vale do Paraíba, em Quatis-RJ, em 2000.
Organizou inúmeras exposições de artes plásticas, com conteúdos temáticos da história de Itatiaia, além da exposição do café do século XIX, com peças originais.
Seus méritos foram reconhecidos de várias formas, em vários momentos de sua vida:
Títulos e Placas: Mérito Cultural pela Câmara Municipal de Itatiaia, em 1990. Foi eleita Personalidade Feminina pela Revista Gerale, em 1990; Em 1993, Destaque de Ouro, como Personalidade Feminina – Simão da Cunha Gago – Resende-RJ; EM 1993, Diploma “Amigo da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras)”; em 1995, Diploma Amigos para Sempre do Colégio Estadual Ezequiel Freire, em 1996, Certificado pelo Lions Club International, em Cancun, no México; em 1996, Diploma Amigo do CRI (Centro de Recuperação de Itatiaia); em 1996, Destaque Feminina pela ACIATI (Associação Comercial Industrial Agropecuária e Turística de Itatiaia); em 1997, Moção de Louvor, pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ, pelo deputado José Guilherme Godinho Sivuca Ferreira; em 1998, Certificado de Reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade de Itatiaia, pela Loja Maçônica de Itatiaia; em 2000 Participou do XV Simpósio de Historia do Vale do Paraíba, realizada na cidade de Quatis, RJ; em 2002, “Amiga da Biblioteca Pública D. Mariúcha” – Itatiaia-RJ; em 2002, Moção pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pelo vereador Ricardo Maranhão. É detentora do Diploma de Mérito Emancipacionista, pela Câmara Municipal de Itatiaia, por ter sido a única mulher emancipadora; sócia fundadora da ACIATI – Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Turística de Itatiaia; em 2003 o Lions Clube do Distrito LC-1- em Portaria de Nomeação, o governador confere a Ca Leão Alda Bernardes de Faria e Silva para exercer as funções de Membro do Comitê de Arte e Cultura; possui a maior honraria do Lions Clubs Internation Foundation – o título Melvin Jones Fellow, outorgado por Howard L. Patterson. Jr (Estados Unidos). Participou de Convenções Internacionais pelo Lions Clubs (Brisbane 1991 – Hong Kong 1992 – Minneapolis 1993 – Montreal 1996 – Philadelphia 1997 – Birmingham 1998). Curso de Extensão “Histórica do Vale do Paraíba – Índios, Bandeiras, Vilas e Caminhos; As Minas Gerais, os Engenhos de Açúcar, a Jornada da Independência; Café, Escravidão, Imigração” no Simpósio de História do Vale do Paraíba; Curso de Cultura Práctica de Barcelona; recebeu Certificado de Participação do XVIII Simpósio de História – O Indígena no Vale do Paraíba e Litoral Norte, realizado no período de 25 a 27 de junho de 2004, IEV/Faculdades Integradas Módulo – Caraguatatuba/SP. Mérito Amadeu Rocha pelos relevantes serviços prestados à comunidade de Itatiaia, Maio/1996; Homenagem pelo reconhecimento do trabalho em Prol do Desenvolvimento da Educação do Município de Itatiaia, Agosto/1996; Homenagem pela Câmara Municipal de Itatiaia como Mulher Destaque no Ano de 1997, Março/1998.
Homenagem prestada pelos artistas plásticos por ocasião da 1ª Santa Semanarte, em 22 de março de 2002.
Patronesse das Artes Conferida pela Organização da V Expoita, 2003; Homenagem na Câmara Municipal de Itatiaia em reconhecimento por representar o Município em Eventos Nacionais e Internacionais, em 27 de Maio de 2004; Diplomada e condecorada com o colar “CRUZ DO ALVARENGA E DOS HERÓIS ANÔNIMOS”, pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, Junho/2004; Agraciada com o Titulo de Sócia Benemérita da ACIATI, Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Turística de Itatiaia, pelos bons serviços prestados a esta Entidade, Junho/2004; Em homenagem as suas ações permanentes em beneficio da valorização da Cultura, da História e da Conservação da Natureza na Região Turística das Agulhas Negras, conferido pelo IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Ministério do Meio Ambiente ao Espaço Cultural do Centro de Visitantes Wanderbilt Duarte de Barros, o nome de Alda Bernardes de Faria e Silva, por ocasião das comemorações do 67º Aniversário de Criação do Parque Nacional do Itatiaia, Junho/2004.

Recebeu homenagem pela dedicação na preservação da memória histórica da cidade de Itatiaia no dia 04 de junho de 2005 pelo Presidente da Câmara Municipal de Itatiaia – Ex.mo. Sr. Izaltino Rodolfo da Cunha em Sessão Solene Comemorativa do XVI Aniversário do Município e XIII Aniversário da Academia Itatiaiense de História.

PUBLICAÇÕES HISTÓRICAS:
– Memória Histórica de Itatiaia – ano de 1996 –
Patrocínio da Prefeitura Municipal de Itatiaia;

– Revista da Academia Itatiaiense de História – n.º 01 - 2005

11- HUMBERTO BERNARDES


Humberto Bernardes, natural de Campo Belo – hoje Itatiaia, nascido em 05/01/1923.
Fez seus estudos primário na Fazenda “Belos Prados”, com Preceptora, admissão no Ginásio D. Bosco, onde cursou o ginásio.
Após foi para São Paulo onde formou-se em Técnico Agrícola e veterinária, pela Escola Técnica da Água Branca.
Trabalhou em várias fazendas da Região em especial as de grande produção leiteira.
Ingressou na Ordem Maçônica em 03/06/1955, através da Loja Maçônica “Lealdade e Brio”, na cidade de Resende-RJ, onde ocupou diversos cargos.
Atingiu todos os Graus Maçônicos, chegando ao Grau máximo (33o) em 09/06/99.
Foi fundador da Loja Maçônica “Itatiaia”, em 15/08/88, na cidade de Itatiaia-RJ, sendo seu primeiro Vice-Presidente.
Entre os diversos cargos ocupados na Loja “Itatiaia”, destaca-se também o de representante da mesma junto ao Grande Oriente do Brasil, órgão máximo da Maçonaria Brasileira, com sede em Brasília-DF, no período de 1995 a 1999.
Foi fundador da Loja Maçônica “Grão-Mestre Fco Murilo Pinto”, com sede em Resende-RJ, em jul/2001.
Fundador do Capítulo Rosa-Cruz “Álvaro Palmeira” e da Oficina de Graus Superiores “Prof. Álvaro Palmeira”, ambos em Itatiaia-RJ.
Membro do Supremo Conclave do Rito Brasileiro, com sede no Rio de Janeiro-RJ.
Por seus serviços prestadores às Lojas “Lealdade e Brio” e “Itatiaia”, recebeu destas os Títulos de “Benemérito da Loja”, “Membro Emérito” e “Membro Remido”, alem de outros em reconhecimento , principalmente, por seus serviços de beneficência junto às sociedades resendense e itatiaiense.
Dos cinco títulos de reconhecimento que a Ordem Maçônica Brasileira confere aos seus membros por serviços prestados a Ordem e a sociedade em geral, recebeu quatro: “Benemérito da Ordem”, em 1990; “Grande Benemérito da Ordem”, em 1994; “Estrela da Distinção Maçônica”, em 1995 e “Cruz da Perfeição Maçônica”, em 1998.
Faleceu em Itatiaia aos 79 anos, dia 26/04/2002 onde foi sepultado.

12 - OSMAR AMORIM


Filho de Antonio Augusto Amorim e de Maria Geraldes Amorim, naturais de Portugal. Nasceu a 26 de março de 1917, no antigo Distrito Federal, hoje Rio de Janeiro. Cursou o Colégio Pedro II e serviu no Batalhão de Guardas em 1936. Fez o curso Prático de Farmácia e logo após o curso de Farmacêutico, recebendo em março de 1940 o Diploma de Farmacêutico, título conferido pela Faculdade Livre de Ubá do Estado de Minas Gerais. Começou em 1945 a exercer sua vida profissional na cidade de Volta Redonda vindo mais tarde para Itatiaia, então Campo Belo, onde se radicou e viveu intensamente e incansavelmente por esta terra, que se considerava filho dela.
Homem trabalhador procurava servir a sua comunidade dando-lhe toda a assistência, tanto profissionalmente como comunitariamente. Servia a todos indistintamente. Político fervoroso batalhou incansavelmente por várias benfeitorias do local. Recebeu em 30 de novembro de 1971, diploma de Honra ao Mérito do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Recebeu também, Diploma de Vereador Benemérito pela realização de várias obras, que muito beneficiou o distrito, como instalação da Rede Elétrica e inauguração do Grupo Escolar do Bairro Cabral. Sócio Fundador do Lions Clube de Resende, recebe em 1971 diploma pelos Dez anos de serviços prestados a sua comunidade. Lança a pedra fundamental do Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto. Casou-se em 1937 com Joselita Nascimento Amorim e dessa união tiveram 8 filhos, sendo 6 homens e 2 mulheres. Faleceu em 1º de junho de 1973 levando consigo um dos seus maiores sonhos, ver Itatiaia emancipado. Seu nome hoje é lembrado numa das ruas desta terra que tanto amou.

13- PEDRO DE SOUZA RANGEL

Pedro de Souza Rangel nasceu em domicílio, em Itatiaia no dia 29 de Junho de 1944. Filho de João Rangel e de Laura de Souza Rangel. Formado em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Barra do Piraí e em Direito pela Sociedade Barramansense de Ensino Superior (atual UBM). Foi Coordenador dos Festejos do CXXXVI (136º) aniversário de Criação do Curato Eclesiástico de São José do Campo Belo em 5 de abril de 1975( na época, Itatiaia – 4º Distrito de Resende). Lecionou e dirigiu o Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto no período de 1979 a 1981. Empenhou-se na criação do pré-escolar. Reivindicou e colocou em funcionamento a 2ª fase do Ensino Fundamental Noturno e, inclusive, o Ensino Médio, sendo a primeira escola de Resende a possuí-lo que segundo ele mesmo, sua maior “aspiração”. O MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) em Itatiaia também possibilitou o acesso ao ensino há muitos cidadãos do antigo distrito. Pelo 4º distrito de Resende – Itatiaia ocupou cadeira na Câmara Municipal de Resende no período de 1971 a 1972; e finalmente, de 1983 a 1988(vindo a falecer em 07.02.1988) no seu último mandato. No governo municipal do prefeito municipal de Almir Dumay Lima uma homenagem póstuma a ele foi prestada em seu nome: a Escola Estadual Municipalizada Pedro de Souza Rangel. Este é um retrato de uma personalidade forte, irreverente e que deu sua contribuição à história e ao ensino público Itatiaiense.

14 – João Vieira da Silva

joão Vieira da Silva, natural de Portugal, nascido em 1º de abril de 1845, filho de Pedro Vieira da Silva e D. Ana da Silva – comerciante de secos e molhados. Político foi presidente da Câmara Municipal de Resende e Prefeito de Resende e Prefeito de Resende, no período de 1º de janeiro de 1915 a 24 de janeiro de 1915.
Eleito vereador para o triênio 1907 a 1910, João Vieira da Silva, com 637 votos, sendo o mais votado. É reeleito para o período de 1910 a 1912 com 616 votos.
Em 1915 muda-se radicalmente a situação política do Estado e conseqüentemente do Município. Ascende o poder Nilo Peçanha. Daí resulta o afastamento do Prefeito Pereira Botafogo das funções de Chefe do Executivo Municipal, sucedendo-o, na forma de direito e temporariamente o Coronel João Vieira da Silva, então presidente da Câmara. Após este período vem residir em Itatiaia onde falece a 11/11/1922.

15– EDGARD BERNARDES


Edgard Bernardes: Natural de Itatiaia, nascido em 1/10/1881. Filho de José Mendes Bernardes e D. Maria Carolina Mendes Bernardes. Fazendeiro. Prefeito de Resende, período de 29/4/1922 a 6/9/1922. Casado com D. Alcina Barreto Bernardes. Falecido em 23/4/1962.

16 - Mariana Ribeiro da Rocha Leão


Mariana Ribeiro da Rocha Leão. nasceu em 16/09/1810 em Carmo de Minas, Província de Minas Gerais, filha do Comendador Francisco José Ribeiro, natural de Amarante, Portugal e de Esmeria Floriana de Mendonça.
Casou-se em primeiras núpcias com Antonio Pereira Leite, grande cafeicultor com a Fazenda “Ribeirão Raso” em Resende-RJ. Mariana viúva casa-se com Manoel da Rocha Leão, grande fazendeiro de café em sua Fazenda Cachoeira, obtém premio de Alto Apreço – Medalha de Ouro na exposição de Paris. Proprietários do casarão, onde hoje está instalada a Prefeitura Municipal de Itatiaia. Neste prédio funcionou o Colégio “São José” sob a direção do professor José Maria de Almeida, internato e externato, para meninos. A Capela de Nosso Senhor dos Passos, teve sua construção iniciada em 1886, século XIX por Mariana da Rocha Leão e concluída pelo Cel. José Mendes Bernardes e Dr. Eduardo Augusto Torres Cotrim.
A principio erguida por mãos negras do Antigo Regime Colonial Escravocrata, mais tarde concluída por alforriados negros e pedreiros devotos de Nosso Senhor dos Passos.
Hoje existe a Praça Mariana Rocha Leão em frente à Igreja Matriz de S. José e a Prefeitura.

Fazenda Itatiaya - Alda Bernardes de Faria e Silva

Fazenda Itatiaia

A Fazenda Itatiaia no século XIX abrangia cerca de 1.000 alqueires geométricos, ou seja, algo mais de 4.800 hectares. Foi uma das maiores produtoras de café da região inicialmente denominada Fazenda Cachoeira, de propriedade de Antonio Fernandes da Rocha Leão. Em 1874, o próspero fazendeiro Manoel da Rocha Leão na época, um dos mais operosos lavradores locais, em sua propriedade “Cachoeira” (hoje, Itatiaia – dos Centros Pastoris), em Nhangapi, adquiriu na Inglaterra, sete milhas de trilhos para a projetada via férrea que teria de percorrer suas lavouras. Ao término de 1874, a intensidade do tráfego da ferrovia D.Pedro II, exigia uma estação intermediária. Cogitou-se estabelecer uma estação na altura da Fazenda Itatiaia, do comendador Rocha Leão, quando então o fazendeiro ofereceu o precioso terreno para a estação e dependências da fazenda para a construção da Estação da ferrovia D.Pedro II(Central do Brasil – Itatiaia). Em maio de 1875, inaugurou-se a estação de Nhangapi, servindo a freguesia de Sant’Ana dos Tocos, ao tempo grande produtor, em larga escala, de café, cereais e fumo. Na Exposição Regional de dois de dezembro de 1885. Destacando-se o café tipo “Moca”, da Fazenda “Itatiaia”, de Rocha Leão, da Freguesia de Campo Belo.Em 1890, o Conselheiro Rocha Leão faz doação ao Estado, sob condição de sua conservação, da ponte de madeira, sobre o Paraíba, ligando sua Fazenda “Itatiaia” ao distrito de Sant’Ana dos Tocos. O governo estadual aceitou, sujeitando-se à condicional fixada, aliás, não a cumprindo. A ponte arruinou-se e afinal desabou. Daí a interrupção de comunicações entre as duas localidades. Nesta época organizou-se no Rio, a Companhia “Centros Pastoris do Brasil”, para empreender explorações agro-pecuárias no Estado do Rio e em particular, no município de Resende e sediada no imóvel rural “Itatiaia”, sendo um dos incorporadores o Conselheiro Rocha Leão.
Em 1905, a Fazenda Itatiaia exporta para o Rio de Janeiro 10 mil litros de leite. Em seu perímetro territorial viviam e trabalhavam 200 homens, colhendo sete mil arrobas de café, muito milho e outros cereais. Na época, seu administrador era Nilo Gomes Jardim e como presidente da Companhia o Dr. Sebastião Lacerda. Fora considerada uma das mais movimentadas fazendas do Município.Na fazenda Itatiaia da Companhia Centros Pastoris do Brasil, no distrito de Itatiaia são instalados aparelhos para esterilização do leite. Em 1906, veraneava na Fazenda Itatiaia o general Hermes da Fonseca. Em 1909 morre em Sapucaia, neste Estado, o Conselheiro Antonio Fernandes da Rocha Leão, nosso conterrâneo, pertencente à prestigiosa e antiga família local. Foi figura de relevo no cenário político do município de Resende e da Província do Rio, cujos destinos orientou, quando vice-presidente presidente presidiu a municipalidade local e a Campo Belo de cuja freguesia era natural, prestou serviços de alta expressão pública. Agricultor dos mais adiantados fez do seu estabelecimento rural, a conhecida fazenda Itatiaia, na localidade de Nhangapi, modelar na espécie.Além de grande produtora de café e de melhor espécie, tanto que esse produto na Exposição Internacional de Paris, logrou o mais alto galardão, medalha de ouro, a Itatiaia, teve renome como produtora de frutas européias e, em particular, notada por seus extensos vinhedos, plantados em estaca a modo europeu. Foi desse feitio o conterrâneo morto, espírito de invulgar dinamismo e ação proveitosa e útil à causa pública, tendo prestado a Resende serviços de inestimáveis e incontáveis merecimentos. Em 1911 a produção diária de leite era de 2.400 litros. Em 1932, inaugurava-se a Capela de São Benedito, construída em frente à Estação Itatiaia, a esforços de Prescilliano de Oliveira Lima, servindo o povoado da Estação Itatiaia, da Ferrovia Central do Brasil. Em 1951 a sede foi adquirida por Abílio de Souza que venderia grande parte para a Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (CHEVAP). A sede da Fazenda Itatiaia foi toda demolida, já que é área de fundação da Barragem de Nhangapi, integrante do complexo da Hidrelétrica do Funil. Em parte da fazenda, no extremo oeste da Barragem de Nhangapi, hoje estão estabelecidas as Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Alda Bernardes de Faria e Silva
Presidente
acadêmica – cadeira n.º 04 – Cel. José Mendes Bernardes

Biografia de D. Mariana Ribeir da Rocha Leão

Mariana Ribeiro da Rocha Leão


Mariana Ribeiro da Rocha Leão. nasceu em 16/09/1810 em Carmo de Minas, Província de Minas Gerais, filha do Comendador Francisco José Ribeiro, natural de Amarante, Portugal e de Esmeria Floriana de Mendonça.
Casou-se em primeiras núpcias com Antonio Pereira Leite, grande cafeicultor com a Fazenda “Ribeirão Raso” em Resende-RJ. Mariana viúva casa-se com Manoel da Rocha Leão, grande fazendeiro de café em sua Fazenda Cachoeira, obtém premio de Alto Apreço – Medalha de Ouro na exposição de Paris. Proprietários do casarão, onde hoje está instalada a Prefeitura Municipal de Itatiaia. Neste prédio funcionou o Colégio “São José” sob a direção do professor José Maria de Almeida, internato e externato, para meninos. A Capela de Nosso Senhor dos Passos, teve sua construção iniciada em 1886, século XIX por Mariana da Rocha Leão e concluída pelo Cel. José Mendes Bernardes e Dr. Eduardo Augusto Torres Cotrim.
A principio erguida por mãos negras do Antigo Regime Colonial Escravocrata, mais tarde concluída por alforriados negros e pedreiros devotos de Nosso Senhor dos Passos.
Hoje existe a Praça Mariana Rocha Leão em frente à Igreja Matriz de S. José e a Prefeitura.

Histórico da Matriz de São José - Alda Bernardes de Faria e Silva

Em 05-IV-1839 a Lei Provincial instituiu o Curato Eclesiástico de São José do Campo Belo. Dona Silvéria Soares Lucinda, proprietária de um dos maiores latifúndios da região. Em 1839 doou grande área de terreno em um recanto de sua fazenda para ali se levantasse uma capela sob a invocação de São José, padroeiro de sua família.
O Padre Francisco de Oliveira e Silva, conseguiu fundar a Irmandade de São José em 23-VIII-1844, mas emocionado com a empolgante beleza da extensa planície que se desdobra ao sopé do outeiro da capela, às encostas da Cordilheira do Itatiaia, lembrou e foi aceito por uma unanimidade que a Irmandade deveria chamar-se IRMANDADE DE SÃO JOSÉ DO CAMPO BELO.
Pela Lei Provincial de 9-V-1844 o Curato foi elevado à categoria de freguesia e assim se transformou em Capela Curato Igreja Matriz.
A Matriz foi construída em 1848 e a freguesia prosperava sob a riqueza de seus vastos cafezais que produziam em abundância.
O governo da Província, pela Portaria de 30 de setembro de 1864, cientifica à Municipalidade, que S.M. O Imperador, houve por bem concordar com a investidura do Padre Joaquim Thomaz de Aquino, no alto ministério de dirigir, como vigário, a paróquia de S. José do Campo Belo. Ao assumir esse encargo, o padre encontrou em ruínas a Matriz da freguesia. Reclamou providências ao Imperador. Insistiu no pedido. Afinal o Governo Provincial mandou demolir o templo vendendo, em haste pública o material aproveitável. O vigário alugou, para o culto divino, um prédio, por 50$000, mensais, pagos à sua expensa. Demorada a reconstrução da igreja, o padre Aquino, veio à imprensa, verberando o descaso oficial. O bispo tentou arrefecer a intrepidez de seu subordinado hierárquico, na peleja em que se empenhara. O padre resistiu aos panos quentes do diocesano e prosseguiu nas reclamações. A matriz foi reconstruída, graças à ação tenaz do vigário, no ano seguinte.

Histórico da Fanfarra do C. M. Reinaldo Maia Souto - Jorge Côrrea

HISTÓRICO DA FANFARRA DO C.M.REINALDO MAIA SOUTO

A Fanfarra iniciou suas atividades em 1980 sob a condução de Jorge Luiz Corrêa, na Escola Estadual Ezequiel Freire, contando com 32 instrumentos e o apoio da diretora Prof. Therezinha Barão.
Em 1981, a convite do falecido Prof. Pedro de Souza Rangel, diretor do Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto, a Fanfarra passou a atuar neste colégio com um total de 42 instrumentos fornecidos pela Prefeitura de Resende.
Naquele mesmo ano uniram-se os dois colégios e formaram a Fanfarra de Itatiaia que desfilou no dia 7 de setembro, composta por 74 instrumentos.
Em 1982, a união foi desfeita, passando a Fanfarra a atuar somente através do Colégio Municipal, com grandes dificuldades de funcionar por falta de instrumentos. Fabricando e improvisando alguns instrumentos como o tarol e o surdo utilizando latões, tomando emprestado de grupos carnavalescos e de outros colégios, sendo possível chegar a 88 instrumentos e desfilar com brilhantismo no dia 7 de setembro, fazendo acreditar que a nossa cidade já poderia oficializar a sua Fanfarra.
Apesar das deficiências, a empolgação era muito grande e fez com que se participasse do concurso realizado durante as comemorações do 181º aniversário de Resende, obtendo o 1º lugar na categoria de fanfarra simples, contribuindo ainda para o brilho do desfile realizado nas solenidades do dia 29 de setembro de 1982.
Em 1983 continuava a mesma deficiência instrumental, mas, mesmo assim, participamos do desfile cívico de 7 de setembro, do desfile de 29 de setembro e repetimos o feito anterior ao obtermos o 1º lugar no concurso ocorrido durante as comemorações do 182º Aniversário de Resende.
Em 1984, com o apoio da Prof. Lílian Pereira Flores, diretora do Colégio Municipal e da Prefeitura de Resende, consegue adquirir mais alguns instrumentos e, com esse reforço, foi possível a Fanfarra participar de vários eventos com:

Concurso de Bandas e Fanfarras de Resende, categoria simples, obtendo o 1º lugar;
I Concurso de Bandas e Fanfarras de Valença, categoria simples, tirando o 4º lugar;
Festival de Fanfarras Escolares de Volta Redonda, categoria simples, saindo em 4º lugar;
Participando em solenidades do Grêmio Literário de Resende;
Festa de São José, em Itatiaia;
Festa de São Benedito, em Engenheiro Passos;
Desfile Cívico de 7 de Setembro;
Desfile Cívico de 29 de setembro, no aniversário de Resende.

Em 1985, foi criada a Fanfarra com Pisto, tendo como 1º instrutor Jorge Luiz Corrêa e 2º instrutor Ricardo Luiz Corr6ea. Ainda assim, faltavam instrumentos de sopro e o uniforme era uma adaptação daquele doado pela Academia Militar das Agulhas Negras. Entretanto, foi possível participar dos seguintes eventos:

Concurso de Bandas e Fanfarras de Resende, categoria fanfarra com 1 pisto. Obtivemos o 3º lugar;
II Concurso de Bandas e Fanfarras do Royal Supermercados, categoria fanfarra com 1 pisto. Tirando 3º lugar;
Desfile Cívico de 7 de setembro;
Desfile Cívico de 29 de setembro, no aniversário de Resende;

Em 1986 ainda continuávamos dificuldades por falta de instrumentos e de uniformes. Mais uma vez participamos de concursos de fanfarras de 1 pisto e de outros eventos como:

Concurso de Bandas e Fanfarras de Resende, obtendo o 3º lugar;
III Concurso de Bandas e Fanfarras Barra do Piraí, com o 4º lugar;
IX Concurso de Bandas e Fanfarras de Caieiras – SP, tirando o 4º lugar. Cabe notar que a nossa Fanfarra concorria com as maiores expressões nacionais, sendo algumas de renome internacional;
Desfile Cívico de 7 de setembro;
Desfile Cívico de 29 de setembro, no aniversário de Resende;
Festa da Comunidade do Bairro do Campo Alegre;
Festa de São José, em Itatiaia.

Em 1987, infelizmente, ocorria maior agravamento das dificuldades que quase impedia a Fanfarra de atuar. Foi às custas de grande esforço que ainda participamos de concursos e eventos como:

Concurso de Bandas e Fanfarras de Resende, obtendo o 3º lugar;

Concurso de Bandas e Fanfarras de Barra do Piraí, com o 5º lugar;

Desfile Cívico de 7 de Setembro;

Desfile Cívico de 29 de Setembro, no aniversário de Resende.

Em 1989, a nossa única apresentação, feita no desfile cívico de 7 de setembro, só foi possível graças ao empréstimo de instrumentos feito pelo Colégio Municipal Getúlio Vargas, de Resende.
Para atuar em 1990 dependemos unicamente da ação que vem desenvolvendo a Secretaria de Educação e Cultura, no sentido de operar uma completa reestruturação da Fanfarra. A deficiência de instrumentos e de uniformes é de tal ordem que impede qualquer iniciativa de reativar a Fanfarra, dentro dos seus padrões atuais. Por outro lado, podemos afirmar com segurança que não nos falta boa vontade, entusiasmo e pessoal para retornar aos ensaios e garantir nossa presença brilhante e a nossa efetiva participação em favor do aprimoramento da cultura em nossa terra, conforme expressam os objetivos da Fanfarra:

Estimular o interesse e o gosto pela música;
Contribuir com a ligação entre a escola e o aluno;
Colaborar com a formação social, moral e a cívica da juventude;
Fortalecer o espírito de responsabilidade e o respeito ao indivíduo e à coletividade;
Desenvolver e aperfeiçoar as técnicas musicais do indivíduo e do conjunto.

FAMUI

Fanfarra Municipal de Itatiaia foi fundada em outubro de 1990, com o objetivo de despertar o espírito musical entre os jovens, aprimorar o culto do civismo, aprimorar o congraçamento de seus integrantes através da competição sadia. Hoje, a FAMUI deu vez a BAMUTI – Banda Municipal de Tambores de Itatiaia.

Jorge Luiz Corrêa

Destaques do Atletismo em Itatiaia - Carlos Lima

DESTAQUES DO ATLETISMO EM ITATIAIA
Carlos Lima

O popular e carismático Jesuel Ferreira de Sá passaria por desconhecido com esse nome, mais ao falarmos do brilhante atleta “Passarinho” não há quem não possa identificá-lo. Aos 62 anos de idade esse nosso indiscritível atleta tem como hobbie se envolver por inteiro no Atletismo através das provas de corrida. São cerca de 22 anos dessa prática desportiva, com mais de trezentos troféus e medalhas. Está entre os 3 melhores atletas na categoria “60 a 64 anos no Brasil”. Com participações elogiosas no Brasil e no Exterior. Sua participação mais importante foi a de levar o nome de Itatiaia e Brasil a um campeonato mundial de Atletismo Veterano na África do Sul em 1997, com equipes de 98 países e mais de 12 mil atletas. Orgulha-se de treinar adultos e crianças na prática do atletismo, passando para os mesmos a grande experiência adquirida durante todos esses anos. Enfatiza ainda que sua maior recompensa foi o ingresso de dois atletas de Itatiaia na equipe de Atletismo do Vasco da Gama do Rio de Janeiro, Éder Willian e Diogo Corrêa( que por sinal foram meus diletos alunos da Rede Municipal de Ensino) e que são hoje as grandes promessas do Atletismo do Vasco. Sua última participação importante em corrida, em novembro de 2001, na maratona internacional de Curitiba – Paraná, na qual trouxe para Itatiaia o troféu de 3º lugar na categoria de 60 a 64 anos. Ele tem orgulho de ser Itatiaiense, não deixa de elogiar nossa cidade em todas as corridas que vai participar, dizendo para outros atletas que temos o melhor local para a prática de qualquer esporte, principalmente o Atletismo, aproveitando nosso clima e altitude de nossa serra.
Carlos Lima
Acadêmico na cadeira n.º 13 – Amadeu de Oliveira Rocha


A INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA - Alda Bernardes de Faria e Silva

A INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA

Após a decadência do café no século XIX, as propriedades rurais se transformaram em agropecuária.
Em 1883, a Fazenda “Belos Prados” do Cel. José Mendes Bernardes, com área de 213 alqueires geométricos, com 22 em matas, desenvolveu a pecuária, sendo um dos maiores criadores da raça jérsei, passando a fabricar manteiga, tendo sido o primeiro exportador para o Rio de Janeiro e o segundo em leite.
Foi também Campo Belo, hoje Itatiaia, a sede das atividades de um dos criadores mais progressistas que a pecuária nacional teve Dr. Eduardo Augusto Torres Cotrim, importando o gado europeu, com reses holandesas. Seu livro A Fazenda Moderna, foi modelo para várias gerações.
Em 1891, Rocha Leão e Rocha Miranda, na Fazenda “Itatiaia”, organizava a “Cia Centros Pastoris do Brasil”, em Itatiaia para a exportação do leite pasteurizado para o Rio de Janeiro.
Natanael Soares da Rocha recebeu por duas vezes consecutivas em 1981 e 1982, o título de Pecuarista do Ano, em âmbito nacional.
Hoje, pelos registros da Prefeitura Municipal de Itatiaia temos 102 produtores, entre pecuaristas e agricultores.
Os maiores pecuaristas de gado leiteiro são:

· Branca R. Cotrim, proprietária da Fazenda “Campo Belo”, com mais de 800 litros diários, parte do leite é transformado em queijo e a outra parte, o leite é pasteurizado e ensacado com a marca “Leite Itatiaia”.

· Luiz Dias, proprietário da Fazenda “Mauá”, com produção de mais ou menos 800 litros, é transformado em queijo mussarela e minas.

OS MAIORES PECUARISTAS EM GADO DE CORTE SÃO:

· Marcelo Traça Gonçalves, Fazenda “Rio Bonito”, com mais ou menos 600 vacas criadeiras de corte.

· Ricardo de Barros Saad, Fazenda “Itatiaia”, com mais de 500 cabeças de bois de engorda.

· José Ricardo dos Santos, sitiante com 170 vacas comuns, com retirada de 300 litros de leite vendido para a Cooperativa Agropecuária de Leite de Resende.

PEQUENOS PECUARISTAS



· Ramalho da Silva Neto, com 23 cabeças de gado gerolanda, com 70 litros de leite.

· José Clovis de Souza, “Nunes”, com 15 vacas gerolanda, com a produção de 60 litros vendidos na rua.

· José Carlos Gomes, com 16 vacas, produzindo 40 litros vendidos na rua.

· Geni de Paula Lima, sitiante com 52 cabeças de gado comum, com 70 anos de idade, com a produção de 80 litros de leite, venda para a Cooperativa Agropecuária de Leite de Resende.

A IMPRENSA ITATIAIENSE - Alda Bernardes de Faria e Silva

A IMPRENSA ITATIAIENSE – Alda Bernardes de Faria e Silva

A imprensa, sempre foi de maior importância, desde os seus primórdios até a atualidade. No decorrer de sua história é que tem sido possível, o conhecimento e a preservação da memória é que tem sido possível, o conhecimento e a preservação da memória, através dos registros, feitos pelos nossos periódicos. Assim é que desde o século XIX, que Itatiaia vem lutando por sua identidade cultural, destacamos ao longo desses 109 anos, alguns periódicos, aqui introduzidos. O primeiro jornal de Itatiaia, “O FUTURO”, editado em 1886, pelos jovens Luiz Whately e Avelino Miranda. *1
Em 1916, aparece na imprensa local “O REGENERADOR” como órgão do partido republicano Cotrim/Bernardes. * 2
Itatiaia passa várias décadas sem jornal.
Em 1923, surge o “Disfarce e Olhe”, jornal de pequeno formato de curta duração, redigido por Militares do Hospital de Convalescentes de Itatiaia.
Até que em 1924, surge a “TESOURA”, * 3 redigido a mão por veranistas que passavam férias no Hotel Fazenda “Belos Prados”, com distribuição semanal, com duração até 1929.
Após longo período, surge em 1936 “O CHANAAN” – Jornal Literário – Humorístico – Noticioso – editado pelo Diretor: F. do Nascimento; Redator-Chefe: R. Menezes e, José Taumaturgo Corrêa, Redator-secretário; com circulação aos domingos.
“O SEMANÁRIO” no seu segundo ano de existência passa a chamar-se “CAMPOBELENSE” – Arauto das Aspirações de Campo Belo – como era chamado o antigo distrito, com tiragem de 1.200 exemplares, sob a mesma direção e com novo Redator-secretário: Jurandir Reis de Aquino. O “CAMPOBELENSE”, encorajado e apoiado no acolhimento que lhe foi dispensado, partiu para o terceiro ano de vida. Em 1938, assume as funções do cargo de Redator-Chefe do “CAMPOBELENSE”, Reynaldo Maia Souto, jornalista de escol, emérito manejador da pena, membro do Instituto Genealógico Brasileiro e do Cenáculo Fluminense de História e Letras de Niterói; tendo seu nome firmado na imprensa da terra bandeirante São José do Barreiro, que lhe serviu de berço.
A partir de 1939, o “CAMPOBELENSE” saiu de circulação. Retornando em 1952 com o nome de “O ITATIAIA” – como órgão independente e de lutas pelo progresso de nossa terra – com publicação quinzenal – registrado de acordo com a lei de segurança, tendo como diretor responsável: o jovem idealista Haroldo Macedo de Almeida e, como colaborador secretário: Alan Roy. Em 1953, “O ITATIAIA”, passa para nova direção, tendo como Diretor Responsável Oswaldo Motta, o poeta militar que veio de Minas, e aqui viveu sessenta anos, até sofrer o atentado contra sua vida e autor do livro “O OCASO DA VIDA” e outros trabalhos inéditos sobre Itatiaia como “Céu Azul de Itatiaia” após algum tempo o jornal silenciou. Após longo período de 30 anos fora de circulação, “O ITATIAIA”, retorna sob a direção geral de Oswaldo Motta; editado por Geraldo Pançardes e Arte de Fernando Castello Branco, com nova fase em julho de 1987, jornal imparcial, mas de luta pela independência de Itatiaia. “O RECADO”, publicação da Paróquia de São José de Itatiaia, surge em 1979, com distribuição interna e gratuita; composição e impressão gráfica Escola Profissional Lar dos Meninos, tendo como Redator Responsável, o jovem Marcos Cotrim de Barcellos e uma equipe de colaboradores formada por Nair Nunes de Almeida, Ana Rodrigues de Alvarenga, Marilda Mendonça Mariano e Hélia Vasques, com pouca duração. Em 87, surge o “RATO QUE RUGE”, criação e bolação do Espaço Livre – de Sérgio Pereira e Quinho, ( Francisco Rodrigues da Cunha Neto) editado a quatro mãos, no n.º 5 sua edição, o “O RATO QUE RUGE” – “Ex jornal de luta, agora de luto!” Com sua morte prematura, Itatiaia, deixou de ter um jornal crítico e humorístico. Além dos jornais publicados no período da Emancipação, surge a primeira resvista Comemorativa do Sesquicentenário de Itatiaia em Abril de 1989 – Editada e Impressa pelo Comitê Eleitoral de Ruy Camejo, com o nome “ITATIAIA”. Projeto Editorial e Gráfico: Ruy Camejo; jornalista responsável: Guto Rolim e redação de Célia Borges. A “Folha Regional” é reeditada, após alguns anos de ausência do Município de Resende, agora no recém-criado Município de Itatiaia, circula no seu Ano 0 n.º 1 de 1º de Junho de 1990, com uma análise das mudanças em 12 meses. Itatiaia – Um ano de Emancipação – Um sonho de quase um século, uma luta de várias décadas, um ano de muitas atividades e, finalmente, o encontro com nova realidade: - Itatiaia emancipada. Tendo a frente Ruy Camejo, como Diretor Administrativo; Editora Célia Borges e outros colaboradores. O “INFORMATIVO ITATIAIA” – em comemoração a Um ano de Emancipação é editado em junho de 1990 n.º 1990 n.º 2 Ano I e o n.º 3 de Junho de 1991, editados em forma de revista, como órgão de comunicação do Prefeito Luiz Carlos de Aquino e colaboradores como todo o secretariado municipal; Editora e Redatora: Célia Borges e Projeto Gráfico Editorial Ruy Camejo. O “Jornal Momento”, é lançado por Formação Publicidade e Propaganda Ltda, sob direção de Carlos Fichter e a jornalista Neiva Rodrigues Viana Ritter e outros colaboradores, com circulação quinzenal, sua primeira edição foi em 15/05/92, na sua nonagésima edição – saiu de circulação. Com a criação do novo município, constatamos a existência de vários jornais alternativos: tais como, o “INFORME ACIATI”, da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Turística de Itatiaia editado em 90-91-92-93-94-95. “O FAÍSCA” da Associação de Moradores do Centro. Aparece na imprensa local “O JORNAL DO PMDB 15”, Órgão Informativo do Partido do Movimento Democrático Brasileiro durante campanha em 92. “ITATIAIA HOJE”, editado, após os dois primeiros anos do Prefeito Jair Alexandre Gonçalves, como publicação do município, com a colaboração do seu secretariado. Cujo Projeto, Composição e Finalização, Formação, Publicação, Formação, Publicidade e Propaganda LTDA foi sob a coordenação de Neiva Rodrigues Viana Ritter – Assessora de Imprensa da PMI - com uma tiragem gratuita de 5.000 exemplares. Em outubro de 94, surge o BOLETIM INFORMATIVO DA PMI – “BIPI” – com o n.º 1 ANO I, completando o seu sétimo número. Mais recentemente o GUIA TURÍSTICO e INFORMATIVO DA ACIATI com o seu n.º 2 ANO I. Também, recentemente, a 1º de Junho de 1995, ressurge o JORNAL DO PMDB 15 – Órgão Informativo do Partido do Moviemento Democrático Brasileiro – ITATIAIA/RJ – Junho/95. Assim nestes poucos anos da Criação do Novo Município, o processo jornalístico tem se renovado constantemente. Hoje circulam em Itatiaia jornais como A VOZ DA CIDADE que traz notícias regionais e locais, além do Jornal OPÇÃO.
Eis em síntese esta súmula dos principais jornais editados em Itatiaia.
Alda Bernardes de Faria e Silva
Presidente da ACIDHIS
acadêmica na cadeira n.º 04 – Cel. José Mendes Bernardes



FOLIA DE REIS EM ITATIAIA - Alda Bernardes de Faria e Silva e Carlos Lima

FOLIA DE REIS EM ITATIAIA


Há aproximadamente 30 anos atrás a Pedra do Caxambu (Linha Velha Sul) é palco de acontecimentos culturais muito envolventes que ainda hoje permitem-nos o reaver da memória viva da Folia dos Reis. O “seu” Jair Mesquita promovia bailes à acordeon e sanfona na qual vinham pessoas de toda Itatiaia. No período de fevereiro promovia Grito de Carnaval que reunia muitos foliões, ao embalo de confetes, serpentinas e muito lança perfume. A Folia de Reis começou naquele pedaço de Itatiaia ainda muito deserto na época, quando apenas morava Dona Maria do “seu Joaquim”, a falecida Dona Adelaide filha do também finado “seu José Lima”, Dona Ernestina e o falecido Waldomiro, da Bicicletaria e a Família Mesquita e do “Seu Sampaio” que por sinal foi o primeiro promotor da tradicional comemoração da “Folia de Reis”. Com o passamento do “seu Sampaio”, o ativo senhor Jair Mesquita”(86a) recebeu a coroa e fez a festa por 10 anos, interrompendo por igual período e recomeçando outra vez, desta feita na Rua José Martins Oliveira, 55 na Vila Martins, onde reside em companhia de sua esposa Glória (84a). Os participantes da Folia de Reis são essencialmente devotos e tem como componentes: Foliões, Palhaço, Cantores, Violonistas e o ponto alto desse evento é o Terço do Santo Reis.
Todos os anos esse encontro é realizado em sua residência com ajuda dos zelosos filhos, da comunidade e de uma certa forma do Poder Público.

Alda Bernardes de Faria e Silva
Carlos Lima da Silva

FOLCLORE DO VELHO "CAMPO BELO" (ITATIAIA)

FOLCLORE DO VELHO “CAMPO BELO” (ITATIAIA)
Aqui neste espaço de nossa revista iremos resgatar através da memória, aspectos relevantes do Folclore do Velho “Campo Belo”(Itatiaia). Na qual citar-se-ão a Catira, o Cateretê, o Cana Verde e o Jongo. A Catira era mais comum, porque dançavam e cantavam homens e mulheres, acompanhados ao som da viola, onde cada um cantava, versos já conhecidos ou improvisados no momento, mas sujeito a um estribilho, exemplo:
BIS: “Se você pesca de linha – eu pesco de varejão,
Roda, roda moreninha – peixe bom é camarão.”
O Cateretê – “Meu Boi Barroso” – “Menino da Porteira”- “Cavalo Zaino”. O Cateretê é realizado numa espécie de sapateado, geralmente os pisos eram de terra batida e era comum o poeirão que se levantava com o sapateado marcando o compasso.
O Cana Verde – A Cana Verde veio com os portugueses e adaptada entre os nativos e mamelucos, ou sejam, os caboclos brasileiros, e, raramente um Afro – Brasileiro, tomava parte numa Catira, Cateretê ou Cana Verde.
Exemplo: “O Anu é um pássaro preto – que tem o bico rombudo. Foi praga que Deus deixou – todo negro ser beiçudo.”
Ou ainda, de um descendente europeu, geralmente mais racista, esta:
O branco é filho de Deus – o mulato é um enteado,
Caboclo não tem parente e o negro é filho do Diabo.”
Declamações como estas, hoje, não passariam desapercebidas pelo rigor da lei que considera a discriminação racial como crime inafiançável contra os direitos civis do cidadão brasileiro.
O Cana Verde era mais para demonstração das qualidades trovadorescas dos cantadores. Formava-se uma roda com os cantadores, movimentando-se com suas cantigas, sempre pelo lado direito. O Cana Verde podia ser simples ou dobrado , sendo o simples, de uma trova composta de quatro versos setessílabos com rima obrigatória entre o 2º e 4º versos, mas os melhores trovadores, preferiam rimar, 1º com 3º e 2º com 4º versos. O Cana Verde dobrado era de oito ou mais versos, onde os cantores famosos chegavam, às vezes, a contar uma odisséia, tal como hoje a literatura de cordel, usada pelos nossos poetas nordestinos. Exemplo: “Quem tem nome de ‘Gambá’ – bicho louco de fedê,
Pudesse o nome trocá - que bicho quiria sê?”Ao que Rufino incontinente respondeu:
O que eu quiria sê – e cheguei a Deus pedí, eu vou contá pra vancê – quisera sê lambari. Minha maió alegria – ir nadar no “Poço fundo” nas águas da “Grota Fria” – gozando os “Gozos do Mundo”.
No exemplo acima foi uma cantoria de três moças e Rufino, o cantor de Cana Verde. O JONGO, principalmente aqui em nossa zona sudeste, abrangendo São Paulo, sul de Minas e Rio de Janeiro desapareceu e muita gente o confunde com macumba, não obstante, alguns jongueiros também eram macumbeiros. A prova disso está neste soneto alexandrino, de autor desconhecido.
A MACUMBA

Beirando a grota está o velho rancho oblongo
Cujo aspecto bacento e fúnebre de tumba.
Ali, quando alta noite, o bate-pé retumba
Lento, ao som do atabaque e cantigas do Congo.

O velho pai de santo, o chefe da macumba,
Fala ao “Cambone” o guia, e solta um grito
Longo, faz piruetas, ginga e gingando no jongo,
Risca a “pemba”a pedir que o inimigo sucumbe.

Uma preta que acende a vela e urde a mandinga,
Funga, resmunga, dança, ora canta, ora xinga,
Enquanto outras em torno, acompanham na toada.

No furor da balbúrdia, é medonho o alvoroço.
Santo Antonio ali está, amarrado ao pescoço...
Empesta o ar o mau cheiro, à pólvora queimada.

Em Itatiaia, ainda nos tempos de Vila Campo Belo, os famosos jongueiros eram: Leandro, Firmino Campos, Abel, estes ainda dos tempos da escravidão, e os mais novos: João Bimba, João Luciano e Benedito Vitor, cuja mãe, a parteira Celestina, com sua sobrinha Maria da Glória e a Chica do Salatiel eram as melhores damas numa roda de jongo. (Fonte: Macedo, Tharcílio Gomes – manuscritos) Carlos Lima –cadeira n.º 13 – Dep. Amadeu O. Rocha

HISTÓRICO DA BANDA DE MÚSICA JOSÉ REIS DA SILVA

HISTÓRICO DA BANDA DE MÚSICA JOSÉ REIS DA SILVA

A Banda de Música foi fundada no dia 25 de março de 1999, pelo Ex.mo. Sr. Almir Dumay Lima – DD. Prefeito Municipal de Itatiaia que nomeou para Coordenador Musical da mesma, o Sr. Diomar de Carvalho Lemos.
Ficou denominada “Escola de Música José Reis da Silva”, com sede própria na Rua Antônio Gomes de Macedo, s/n. º - Centro, onde a Banda de Música faz seus ensaios e estudos.
Entre os anseios do prefeito Almir Dumay Lima paira a grande finalidade de atender o povo de Itatiaia.
A atuação da Banda é crescente. Atende as associações de moradores de todos os bairros como os de Penedo, Maromba e Vila Flórida, entre tantos outros. Discorrem seus feitos sobre os Desfiles Cívicos, Semana da Pátria, Aniversário da cidade, inaugurações.
Trabalha articulada à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, abrangendo múltiplas atividades cívicas e pedagógicas. Itatiaia hoje é um dos municípios do sul fluminense que mais incentivaram o dom musical de seus moradores.
A Banda de Música é a alma viva do talento dos Itatiaienses. Composta por 10 músicos concursados e 10 guarda-mirim, um maestro e o coordenador musical.
De acordo com o coordenador Diomar de Carvalho Lemos, o sucesso da banda se deve à união entre todos os tipos de músicos.
A Banda de Música tem uma sintonia perfeita entre profissionais com vasta experiência e talentosos guardas mirins que ainda estão começando a carreira.

Vejamos a estatística das apresentações:

1999 – 32 apresentações
2000 – 48 apresentações
2001 _ 68 apresentações /
Inaugurações do executivo




Entre todas, as três inaugurações que mais se destacaram:

Inauguração do TREVO da Nova Dutra;
Portal do Penedo;
Inauguração do Teatro Municipal Oswaldo Motta;


A Banda de Música oferece aos seus alunos ensinamentos de oratória instrumental (sopro e percussão), teoria, solfejo e leitura métrica, orientada pelo maestro João Bosco da Costa e coordenada pelo nosso incansável Diomar de Carvalho Lemos(de longa história musical) em Itatiaia.

Carlos Lima
Acadêmico – cadeira n. º 13 – Amadeu de Oliveira Rocha.

MALHAÇÃO DE JUDAS EM ITATIAIA

MALHAÇÃO DE JUDAS EM ITATIAIA


Tradições na Páscoa




Uma das tradições mais conhecidas da Páscoa é a queima ou malhação do Judas, boneco que lembra o apóstolo que traiu Cristo, levando-o à prisão. Na cidade de Itatiaia, extinto 4º distrito de Resende, Rio de Janeiro, a queima foi tradição durante muito tempo. Era feita por volta do meio-dia do sábado de aleluia. O boneco que representa o Judas é preso na parte inferior de um poste. Acima, é colocado outro, caracterizado de diabo, com braços e pernas dobrados em posição de abraço. Dessa forma, quando o diabo é despregado do poste, cai em cima do Judas, agarrando-o. Os dois ficam balançando no ar até quando é ateado fogo, causando a explosão. Anos atrás, os bonecos eram recheados com moedas, que se espalhavam após a explosão. Hoje em dia, em diversos lugares, além de papel e pano velho, vêm cheios de material pirotécnico, como bomba e assobios. Outro tipo de manifestação comum nas cidades é uma surra com uma guerra de ovos e farinha de trigo. Em Itatiaia, geralmente, isso repercutia pelos desafetos da comunidade, como políticos, lideranças do País ou até vizinhos de difícil convívio. Eram destruídos depois de 20 minutos de pancadaria. Na década de 70, eram recheados com balas, para alegria das crianças. Mas a crise acabou substituindo-as por sacos velhos, serragem, papelão e jornal. A malhação ou queima de Judas durante os anos mais remotos em Itatiaia a presença de Jorge Luís Corrêa como um de seus organizadores mais inflamados, pelo seu natural empenho em prol das tradições populares.

Carlos Lima
Acadêmico – cadeira n. º 13 – Amadeu de Oliveira Rocha.

Histórico da Biblioteca Pública Municipal de Itatiaia D. Mariúcha - acadêmica Helenice Dile Evangelista Barbosa

HISTÓRICO DA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE ITATIAIA D. MARIÚCHA.

Graças ao trabalho e entusiasmo de uma grande equipe, envolvendo professores, artistas, alunos, funcionários de diversas secretarias da P.M.I. e com o apoio da P.M.I. e da S.M.E.C., sob a coordenação da professora Helenice Dile Evangelista Barbosa e a dedicação da funcionária Maria Alcides de Carvalho – fia -, em 2 meses a BIMI ficou relativamente pronta e foi inaugurada no dia 28 de agosto de 1996. Cabe evidenciar também a orientação e ajuda inestimáveis que recebemos da coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Rio de Janeiro, Srª. Shirletti Amorim Campos. Durante uma semana conviveu e trabalhou com a equipe transmitindo toda a sua técnica, sabedoria e entusiasmo nesse campo maravilhoso que é a Biblioteca.
O local onde funciona a BIMI foi adaptado para ser um local bem aprazível e convidativo à leitura.
Trata-se de um estande que foi utilizado para uma grande EXPOSIÇÃO das atividades das Secretarias da P.M.I.
Terminada a referida exposição foi trazido e montado no Paço Municipal. Tivemos, então, a idéia de pintar o chão de azul e colocar no mesmo, grandes estrelas pintadas de branco. Criamos o PROJETO CHÃO DE ESTRELAS – que tem por missão: interagir educação artística, musical, expressão oral e corporal, desenvolvendo a produção literária e despertando o sabor pela leitura.
QUEM LÊ... SABE MAIS é o slogan da nossa biblioteca e com certeza vai brilhar como as estrelas!
Dona Mariúcha, Maria Dinorah Freire, dedicou 47 anos de sua vida ao Magistério. Foi pioneira na nossa região ao incentivar o crescimento do ser humano através da Leitura.
Em 1979 foi homenageada pela Câmara Municipal de Resende com a criação de uma “sala de “leitura”(que hoje é o local onde funciona a ACIATI – na rua Prefeito Assumpção). Essa sala recebeu seu nome e naquele dia, da inauguração, seu discursos terminava com um apelo aos jovens”:
LEIAM...LEIAM...LEIAM...
Incentivar a leitura, a escrita, as pesquisas; promover a Hora do Conto e dramatização: evidenciar datas importantes; promover concursos literários e exposição de livros e trabalhos arrtísticos é uma forma de tornar dinâmica a nossa biblioteca.

HISTÓRIA MILITAR DE ITATIAIA

HISTÓRIA MILITAR DE ITATIAIA

Cel Claudio Moreira Bento


Itatiaia, como parte do Sertão do Campo Alegre ,teve o seu primeiro contato com a História Militar , em cerca de 1744, com a chegada à região da Bandeira que o descobriu , chefiada pelo Ten Cel de Infantaria de Ordenanças Simão da Cunha Gago, do Regimento de Ordenanças ,de Jacareí Mogi das Cruzes.
Militares de Milícias e Ordenanças acampados em Santana dos Tocos, para construir a frustrada variante do Caminho Novo São Paulo - Rio, passando por Resende, seguramente percorreram as terras de Itatiaia e os seus primeiros povoadores seguramente foram hostilizados por índios Botocudos vindos de Minas , o que exigiu que seus habitantes , sob a liderança do Major de Infantaria em Comissão Joaquim Xavier Curado ,integrassem tropa encarregada de os expulsar da margem esquerda do Paraíba.
Por ocasião da Independência integrou a Guarda de Honra do Príncipe D. Pedro , composta de 38 valeparaibanos , o ilustre Capitão Antônio Pereira Leite, a cujo prestígio está muito a dever a transformação de Itatiaia, atual em Curati São José.
Antônio Pereira Leite, segundo a historiadora de Itatiaia Alda Bernardes Farias, foi o marido em 2o casamento da futura Mariana Rocha Leão , em cujo palacete que mandou construir e o atual Paço Municipal ,instalou-se em 1921 o Hospital de Convalescentes de Itatiaia(HCI) depois de adaptado para tal fim
Ao capitão Antônio Pereira Leite, fazendeiro em Itatiaia atual e em São João do Barreiro se deve a doação do terreno, antigo Largo da Aclamação de D.Pedro I, onde foi construída a Santa Casa de Misericórdia de Resende, não vivendo para vê-la inaugurada, por haver falecido em 1866. Ele integrava a Mesa Administrativa da Santa Casa.
Da fazenda Ribeirão Raso de sua viúva Mariana Pereira Leite, e mais tarde D. Mariana Rocha Leão , tem origem a doação das madeiras da mesa monumental, feita a mão pelo artífice Manoel Rodrigues. Mesa sobre a qual por mais de um século foi traçado o destino da Santa Casa, até o Salão de Honra, palco de notáveis eventos históricos ,ser transformado num pequeno auditório e a mesa ser retirada e colocada no antigo prédio da Prefeitura, onde se encontra. Peça que possui alto valor patrimonial histórico e que nunca deveria ter saído da Santa Casa, conforme defendemos no livro A Santa Casa de Misericórdia de Resende. (Rio de Janeiro: SENAI, 1992.
Ao Capitão Antônio Pereira Leite se deve a iniciativa de haver construído ponte em Itatiaia atual, legando as duas margens do Rio Paraíba.
Na Guerra do Paraguai filhos de Itatiaia atual seguiram para a guerra entre os 250 Voluntários da Pátria recrutados em Resende .E ao término desta se radicou em Itatiaia o baiano Voluntário da Pátria ,Capitão Virgínio Tomas de Aquino que foi ferido como integrante do 5o de Voluntários da Pátria da Bahia , na batalha de Tuiuti ,a maior batalha campal travada na América do Sul .E em Itatiaia constituiu família e deixou descendentes , tendo falecido com 83 anos .
Em 1906 veraneou em Itatiaia O General Hermes Rodrigues da Fonseca ,gaucho de São Gabriel e Ministro da Guerra 1906-1909 ,quando promoiveu grandes reformas no Exército .
Passou os últimos anos de sua vida em Itatiaia e onde veio a falecer em 1918, vítima da Gripe Espanhola, o Barão Homem de Melo, nosso patrono de cadeira na ACIDHIS e que foi Presidente do Rio Grande do Sul ao tempo da Guerra do Paraguai, tendo auxiliado o General Osório a mobilizar o 3º Corpo de Exército. Mais tarde foi Ministro da Guerra e proferiu como o mais antigo professor o discurso inaugural em 1889 do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Como historiador militar é considerado o 1º biógrafo do General Andrade Neves e Barão do Triunfo. O Barão Homem de Mello faleceu em seu sítio na saída da ponte, a direita da subida para o Parque Itatiaia .A ele se deve indicações às autoridades do Exército para localizar em Itatiaia os HCI e SMI
Por esta época o filho de Itatiaia Eduardo Cotrim ,como prefeito de Resende fundou a linha de Tiro de Resende .Presidiu a 1a Junta de Alistamento de Resende , em 1916 , com a adoção do Serviço Militar Obrigatório ,o filho de Itatiaia atual Cel GN Mendes Bernardes que alistou os primeiros 294 para o Serviço Militar e os embarcou para o Rio de Janeiro

O Sanatório Militar de Itatiaia

Antes das instalações Hospital de Convalescentes e do Sanatório Militar de Itatiaia em 1921 e 1924 , houve uma tentativa de 1903-13, consistente do Sanatório Militar de Lavrinhas em São Francisco dos Campos de Jordão no alto da Serra da Mantiqueira ,em Piquete/SP. Esta tentativa fracassou por diversas razões, mas foi a primeira instalação do Exército no Vale do Paraíba, cuja história resgatamos no Simpósio do IEV sobre História Militar do Vale do Paraíba,em 1996 realizado no Hotel de Trânsito Sgt Wolff.
Em 1921, Itatiaia atual foi visitada por uma Comissão Militar integrada pelos generais Ferreira do Amaral e Aragão Bulcão e majores Marcillac da Costa e Cássio Gurmão.
Depois de percorrerem o Vale do Paraíba se fixaram em dois locais para nele instalarem um Depósito de Convalescentes e um Hospital para Tuberculosos, respectivamente a atual cidade de Itatiaia e o local onde hoje se ergue o CRI e o citado Hotel de Trânsito Sgt Max Wolff.
O Hospital de Convalescentes de Itatiaia(HCI), ocupou o antigo palacete de D. Mariana Rocha Leão. Ele passou por várias adaptações sob a responsabilidade de Major Zamy. Foi inaugurado festivamente em 1921, com capacidade para 140 convalescentes. Seu primeiro diretor foi o Major médico Olegário Vasconcellos e foi oficialmente instado em 1º mar 1923.
No local atual do CRI concluíram , “que não sofria variações bruscas de temperatura e de que a água era pura, de excelente potabilidade, com índices de 0,91, correspondente a água destilada. Não havia umidade. E em tudo o local ideal para um Sanatório para Tuberculosos.”
Este Hospital de Convalescentes(HCI) e o Sanatório Militar de Itatiaia, (SMI constituiram as primeiras instalações do Exército, no Vale do Paraíba fluminense.
Em 1924 já funcionava o Hospital para Tuberculosos em Benfica,(SMI) local do CRI, possuindo junto à Estação Ferroviária, em Itatiaia atual, uma enfermaria de 5 leitos, para os doentes descansarem da viagem para depois seguirem para Benfica para uma enfermaria de 25 leitos.
O primeiro Diretor do SMI foi o Major Médico D. Cândido Portela da Costa Soares, nomeado em 1924,e que atingiria o generalato.
Entre os baixados ilustres do Hospital de Convalescentes registre-se o então 1º Ten Odylio Denys, mandado da Ilha Grande, para convalescer em 1926.em Itatiaia .Fora preso por participar como instrutor da Escola Militar do Realengo na Revolução de 1922.
Em 7 set 1931, 110º aniversário da independência o Cel José Pessoa escalou o Maciço de Itatiaia em companhia do Eng Raul Pena Firme, Tácito Vianna Rodrigues, Dr. José Barreto Costa Diretor do Horto Florestal e do Dr. Jorge Dany para lá escolher uma pedra de 60cm x 50cm para servir de pedra fundamental da AMAN atual.
Em 12 out 1931, o Presidente Getúlio Vargas visitou o atual Parque Nacional do Itatiaia, que criaria em 1937. Sua comitiva era formada pelo Ministro da Guerra General Leite de Castro entre outros , o qual referiu ao atual Parque Nacional do Itatiaia.
“A minha visita a Estação Biológica de Itatiaia fez-me amar ainda mais a natureza de minha terra, a mais bela e opulenta do mundo .”
Ainda neste dia , o Presidente Vargas e o Ministro da Guerra visitaram o Hospital de Convalescentes de Itatiaia, dirigida pelo Cel Campos Porto.
Em 24 jun 1937 na inauguração do Parque Itatiaia por Getúlio Vargas, recebeu honras militares de 180 homens da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Integraram sua comitiva os generais Pinto chefe da Casa Militar e o gen Tourinho, chefe do Serviço de Saúde, e Maj Méd Ernesto de Oliveira, diretor do SMU. A norte participaram de festa típica no chalet do Dr. Roberto Cotrim, secretário de Agricultura/RJ.
Em 1938, no local do atual Centro Sgt Max Wolff foi inaugurado mais um pavilhão. Foi nesta época que ali esteve baixado, o militar do Exército Severo Fournier que havia participado do Assalto Integralista do Palácio do Catete ,em 1938.
Outro ilustre personagem foi o Ten Leônidas Cardoso, pai do Presidente Fernando Henrique Cardoso e a quem se deve o mais completo relato das conspirações que culminaram com a Proclamação da República - O Ten Leônidas era almoxarife e tesoureiro do SMI. Assunto que abordamos na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro , no 410 ,sob o título :Raizes familiares no Exército do presidente Fernando Henrique Cardoso .Trabalho que passou por sua conferência e confirmação pessoal
Em 23 nov 1967 foi inaugurado o prédio que abriga o CRI, pelo Ministro do Exército Gen Ex Aurélio de Lyra Tavares, sendo Diretor o Ten Cel Med Estácio de Albuquerque.
Em 22 nov 1991 depois de funcionarem por quase 70 anos separados o Sanatório Militar e o Hospital de Convalescentes, seus patrimônios foram absorvidos pelo CRI (Centro de Recuperação de Itatiaia).
E a implantação desta nova estrutura teve lugar em 2 jan 1992, com formatura geral.
Consolidou esta estrutura o Cel Med QEMA Flávio de Arruda Alves, que foi o implantador do Centro Sargento Max Wolff, que funciona como Hotel de Trânsito para subtenentes e sargentos do Exército, com 36 apartamentos, com excelente padrão de conforto.
Foi no CRI, com apoio do citado Cel Flávio de Arruda Alves, que nasceu e deu os seus primeiros passos a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, da qual, como ato de justiça, na voz de seu História é seu sócio benemérito e mais mas haver obrigado , apoiado e participado do Simpósio sobre História Militar do Vale do Paraíba, do IEV, em 1996.
No Arquivo do CRI estão registradas as histórias do HCI e SMI até suas fusões que resultaram no atual Centro de Recuperação do Exército ora dirigido pelo Ten Cel Med
Itatiaia na Revolução de 1932
Na Revolução de 1932, Campo Belo e atual Itatiaia foi evacuado por sua população que procurou refúgio na zona rural e região serrana do atual município.
As famílias Bernardes e Cotrim foram acolhidas pelo Dr. Campos Porto, no Horto Florestal e atual Parque Nacional de Itatiaia.
O jovem itatiainse Edgard Barreto Bernardes, mais tarde coronel do Exército, alistou-se nas forças revolucionárias em Ribeirão Preto ,onde cursava o ginásio tendo seguido até Campinas .O capacete que usou ,mais tarde foi o 1 o a encimar o Monumento aos Expedicionários da FEB ,em Itatiaia ,segundo nos contou
Tropas legais acamparam nas fazendas Belos Prados do Cel José Mendes Bernardes, Campo Belo dos Cotrim e Valparaíso de Gomes Jardim ,em Nhangapi.
Patrulhas de Infantaria e Cavalaria do Exército rondavam atentas Itatiaia nas direções de Santana dos Tocos e Engenheiro Passos. O CMI e SMI passaram por momentos de tensão dada a proximidade dos revolucionários de suas instalações em Itatiaia atual em Benfica.
Pois os revolucionários que ocuparam Santana dos Tocos e Engenheiro Passos ameaçavam Itatiaia até que dali fossem obrigados a retirada.
Depois de longo tempo a Ambulância Mista do Exército que teve sua base na Santa Casa de Resende deslocou-se para o Sanatório de Convalescentes de Itatiaia para cerrar o apoio às tropas legalistas em contra-ofensiva rumo à cidade de Cruzeiro.
Ambulância de que foram encarregados os médicos Major Lima Meirelles e capitães Gentil Brasileiro e Ernesto de Oliveira.
Foi incorporado as forças do governo, como vaqueano, grande conhecedor da área, Antônio Correia, empregado da Fazenda Belos Prados e atual nome do Estádio Municipal de Itatiaia.
O término do susto foi anunciado pelo vigário de Resende padre José Sandrup, que percorreu a pé Santana dos Tocos, Itatiaia e Nhangape.
Sobre o que foram as operações militares na frente do Paraíba produzimos os trabalhos na Revista A Defesa Nacional: A Revolução Paulista de 1932 - Operações Militares, nº 760, 1993 e Operações da Aviação do Exército em Resende na Revolução de 1932, nº 775, 1997.
Em 1996, no Simpósio de História Militar do Vale do Paraíba, realizado em grande parte no Centro Sargento Max Wolff ,foi feito um retrospecto da Revolução de 32, sendo que a historiadora Alda Bernardes Faria e Silva presidente da Academia Itatiaiense de História abordou a Revolução de 32 em Itatiaia.
Uma achega : Em 1997, tendo ido a Câmara Federal para participar de Simpósio sobre a Guerra de Canudos , em conversa com o Major Jaborandy, assessor parlamentar do Ministro do Exército em que noa apoiava , este me falou que a Prefeitura de Itatiaia estava querendo as instalações do CRI, o que havia sido negado .Ai lhe esclareci que o que era pleitado era antiga sede do HCI. Testemunho nosso que provocou a retomada do assunto de que resultou na sessão pelo Exército do histórico, local onde hoje se acha instalada a Prefeitura de Itatiaia
Itatiaia e a 2a Guerra Mundial
Integraram a FEB – Força Expedicionária Brasileira, Itatiaienses em cuja memória foi erigido monumento na avenida dos Expedicionários.

Puris ou Purias

OS ÍNDIOS PURIS OU PURIAS - Alda Bernardes de Faria e Silva



Os primitivos habitantes da região de Itatiaia foram os índios Puris. Eles ocupavam a margem esquerda do Rio Paraíba. Sua presença na atual área do Parque Nacional do Itatiaia é imortalizada nas lendas Timburibá de Resende e da Índia e Deitada, que a configuração do Maciço do Itatiaia se assemelha a uma mulher deitada.
Com a intensificação da penetração da civilização portuguesa no vale do Paraíba a partir do Caminho Velho para exploração do ouro das Minas Gerais, com inicio em Parati, e com a abertura do Caminho Caminho Velho Lorena - Rio de Janeiro os Puris foram aldeados em São Vicente Ferrer, em 1782 atual Distrito da Fumaça.
Em 1801 um grupo de Puris foi aldeado em Queluz atual, dando origem a esta localidade. E deve-se ao primeiro capelão de Queluz padre Francisco Chagas a mais fiel caracterização dos Puris.
Estes índios habitantes do Vale do Paraíba entre Guaratingueta e Paraíba do Sul foram estudados pelo Cel Claudio Moreira Bento, da Academia Itatiaense de História, sob o título Os puris do Vale Paraíba Paulista e Fluminense.
Estudo publicado no livro Migração no Vale do Paraíba. São José dos Campos UNIVAP, 1994, p.99-109 que traduz os Anais do Vale do Paraíba, do Instituto de Estudos Valeparaíbanos (IEV).

OS GRANDES CAFEEICULTORES DO SÉCULO XIX EM ITATIAIA - Alda Bernardes de Faria e Silva

OS GRANDES CAFEICULTORES DO SÉCULO XIX EM ITATIAIA
Alda Bernardes de Faria e Silva

A denominação de nossos avós para a planta do café era “Cafezeiro”, mas o dicionário diz “Cafeeiro”.
O cafeeiro crescia espontâneo e sem necessidade de plantio entre os etíopes e abissínios de priscas eras.
Seu fruto era aproveitado para beberagem por aqueles povos africanos, desde os tempos remotos. De lá, seu uso passou aos persas, destes aos árabes, que o disseminaram a partir do século XV. Suas sementes espalharam-se por todo mundo islâmico. Foram levadas de Meca por peregrinos em caravanas religiosas ou comerciais. O café ganhou o Egito, conquistou os turcos. Chegando a Constantinopla, foi introduzido na Europa.
Os portugueses, contornando a África, descarregavam em Lisboa as especiarias asiáticas.
No século XVIII já se bebia café em Londres e Paris, que se converteu daí na bebida da moda.
Procedia da Arábia todo o café que o mundo civilizado de então absorvia, em pequena escala.
Na América do Sul, a planta do café entrou através da Guiana Francesa. Coube ao brasileiro Melo Palheta o mérito de transportar da colônia francesa, para nossa terra, as primeiras sementes do Cafeeiro, que foram plantadas em Belém do Pará, em 1722.
De mão em mão, as sementes partiram para a província do Maranhão na década de 1770.
Em 1774 foi o café introduzido na cidade do Rio de Janeiro; duas mudas que aqui no Sul cresceram e floresceram em jardins, multiplicando-se sementes, até que (um estrangeiro) Van Mooke, holandês, chegar a plantar 100.000 pés, formando o primeiro cafezal, na periferia da Corte. Tanto êxito financeiro lhe foi proporcionado, que todo resto do país, de norte a sul, entendeu que uma nova mina havia aparecido da cor atraente das emeraldas e produzia frutos de rubi.
Já na primeira década do século XIX, as mudas iniciais foram trazidas para Resende, muitos grãos da rubiácea vieram pelas mãos do Padre Antonio Couto da Fonseca, do Rio de Janeiro.

CULTURA DO BENEFICIAMENTO DO CAFÉ

Após o desmatamento dos morros arredondados ou “meia laranja”, que cobriam o Vale do Paraíba, começava-se a fazer as covas para o plantio das mudas de café.
O cafeeiro daria seus primeiros frutos no terceiro ou quarto ano de vida, mas somente no sexto ano, estaria em plena produção. A capina era feita duas vezes ao ano. Aproximando-se a época da colheita(no início dos meses de abril ou maio, indo até setembro/outubro), fazia-se capina para facilitar a catagem dos grãos que caíssem no chão.
A colheita era feita pelos escravos que tiravam os frutos correndo a mão de cima para baixo dos galhos, o que se chamava derriçagem.
O fruto colhido caía numa peneira que o escravo trazia presa à cintura. Com um movimento de abano os frutos eram jogados para o alto, caindo novamente na peneira, ficando café por baixo e as impurezas(como folha, pedaços de galhos, etc.), facilitando, assim, uma primeira limpeza.
Em seguida, os frutos eram colocados em balaios que seriam transportados para o terreiro de café, junto à casa grande.
Depois de colhido, o café era colocado nos terreiros para secagem ou, então, levado diretamente para tanques com água(o café conhecido como “lavado”).
Nos terreiros, os grãos eram revolvidos vários por dia, com rodos de madeira, para que secassem de maneira mais homogênea. No final do dia, o café era empilhado em vários montes que eram cobertos por sacos ou esteiras a fim de evitar o orvalho da madrugada.
A secagem levava cerca de 30 dias.
O café seco no terreiro, permanecia com duas “capas” que envolvem o fruto: a polpa(ou coco) e a casquinha(uma pele mais fina).
Para retirar a polpa, emprega-se também uma maneira bastante rudimentar que era bater o café em coco com varas, em seguida, passando ao pilão manual.
Depois de socado o café, usavam-se os abanos de taquara(peneiras) para peneirar separando-se, assim, os grãos das cascas.
Após o despolpamento, restando apenas uma fina película, o pergaminho que vai ao engenho de soque para limpar e brunir é usado o Monjolo(pilão de um só braço movido à água, é o mais antigo engenho que se conhece).
Após o beneficiamento, o café é torrado e moído.
Podemos citar o Comendador Manuel da Rocha Leão, proprietário da Fazenda “Cachoeira”, cujo café obteve prêmio de alto preço – medalha de ouro. O galardão só foi conferido a três dentre cerca de 100 grupos do produto, na Exposição de Paris, em 1866.
Na década de 1870, o Comendador Rocha Leão adquiria, na Inglaterra, 7 milhas de trilhos para a projetada via férrea, que teria de percorrer suas lavouras, situadas em Itatiaia, hoje, Nhangapi, pertencentes a Campo Belo, hoje Itatiaia.
Outro importante proprietário da Fazenda da “Serra”, o Cel. Tito Lívio Martins, produziu grande quantidade de café em sua fazenda em Campo Belo(Itatiaia).
Era filho de Dona Maria Benedita Gonçalves Martins, conhecida como a “Rainha do Café em Resende.”
Um dos grandes cafeicultores da época, o Comendador Joaquim Gomes Jardim, em sua fazenda “Valparaíso”(situada na freguesia de Campo Belo) produziu 8.551 arrobas de café no ano de 1860.
Em 1876, Domingos Gomes Jardim, descendente do Comendador Joaquim Gomes Jardim, receberia na Feira da Filadélfia o prêmio de “ALTA QUALIDADE”.
Na Exposição Regional de 2 de dezembro de 1885, destacava-se o café tipo “Moca”da fazenda “Itatiaia”, de Rocha Leão, e “Valparaíso”, de Domingos Gomes Jardim, ambas na Freguesia de Campo Belo.
O transporte do café em Campo Belo(Itatiaia) para o Rio de Janeiro passou por três etapas: via terrestre, com as tropas de mulas que alcançavam os portos angrenses para daí, por via marítima, chegar à Corte. Na época, um dos grandes comerciantes de Campo Belo(Itatiaia)Diogo dos Santos Pinto mantinha 40 tropas, com 10 mulas cada, perfazendo 400 mulas, levando sua mercadoria, via Ariró, Mambucaba, enfrentando caminhos esburacados, lodacentos,à vista da morraria que deve ter inspirado o nome de “Quebra Cangalha”, o que levava de 5 a 6 dias de viagem das tropas.
A segunda etapa foi a via fluvial, pelo Rio Paraíba, de Campo Belo(Itatiaia) até Barra do Piraí, no início da década de 1860, com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II à freguesia de Barra do Piraí.
No transporte por via fluvial se fazia três viagens(ida e volta), cada uma mensalmente, de 25 a 30 barcas, levando cada uma 250, 300 e 400 arrobas do café dos cafeicultores da região de Bananal, São José do Barreiro, Areias, Queluz, Sul de Minas e Campo Belo, armazenados nas Casas Comerciais, na época em Campo Belo. Os grandes intermediários eram as Firmas: Irmãos & Rocha Bernardes, com 100.00 arrobas, Teixeira Braga com 60.000 arrobas; Pinto & companhia com 100.000 arrobas e a Casa Comercial de Diogo Santos Pinto, com 100.000 arrobas de café.
O maior entreposto alfandegário do Rio Paraíba em Campo Belo pertencia a Diogo Santos Pinto; pelo volume de suas operações, essa riqueza continuou ininterrupta até fins de 1888.
A terceira fase foi com a chegada da Estrada de Ferro D. Pedro II a Resende e Campo Belo.
Desde que se abriu a estação de Campo Belo em 1873, da Estrada de Ferro D. Pedro II, o comércio entre nós esmoreceu, a navegação do Paraíba estava nesse caso e desapareceu com a estrada de ferro. (“O Jornal”, em junho de 1873, atestava: “Na realidade, a estrada de ferro daria o golpe de morte na navegação do Paraíba.”)
A lavoura,

PADRES E VIGÁRIOS DA PARÓQUIA CAMPO BELO - ITATIAIA

PADRES E VIGÁRIOS DA PARÓQUIA CAMPO BELO – ITATIAIA


Em 1839, D. Silvéria Soares Lucinda, doou uma área de terreno para que se levantasse uma capela sob a invocação de S. José.
Católica extremada, a veneranda senhora, em 1839, fez essa doação do precioso terreno para que se levantasse a capela de São José, padroeiro da família, em um recanto do Campo, de sua propriedade.
Em 5 de abril de 1839, a lei Provincial instituiu o Curato de São José. Três anos depois em 1842, os moradores da localidade conseguiram que o Curato fosse elevado à freguesia(lei n.º 272, de 9 de maio de 1842). Seria mister transformar a Capela criada em Igreja Matriz, constituindo-se o devido Patrimônio. Conjugaram esforços nesse sentido, o Padre Francisco de Oliveira e Silva, o capitão José Ferreira Pinto, a referida D. Silvéria e D. Clara, também fazendeira de fartos haveres. A 24 de agosto de 1844, fundou-se a Irmandade de S. José, D. Clara e o Comendador Pereira Leite doava(cada um por si) 80 braços quadrados de terras. Nas circunvizinhaças da capela, para Patrimônio do Padroeiro. Lembrou o Padre Oliveira e Silva, romanesco espírito que se emocionava com a paisagem bucólica, que a freguesia não fosse tão somente de S. José e , ao nome do Santo Patriarca, se acrescentasse “Campo Belo”, pela beleza empolgante da extrema planura que se desdobra do sopé do outeiro da Matriz às encostas do Itatiaia. Construída a Matriz, que se inaugurou 2 anos depois. Nomeado o Padre Francisco de Oliveira e Silva, funda a Irmandade de S. José do Campo Belo em 23 de agosto de 1844.
Em 1863, assumiu a direção espiritual da freguesia, o Padre Joaquim Thomaz de Aquino, que ficou frente à paróquia por mais de 16 anos, prestando grande serviço aos mais necessitados. Pela Portaria de 30 de setembro de 1864, o Governo da Província, comunica a Municipalidade que S. M. O Imperador houve por bem concordar com a investidura do Padre Joaquim Thomaz de Aquino, no alto Ministério de dirigir, como vigário, a paróquia de S. José do Campo Belo. Ao assumir esse encargo, o padre encontrou em ruínas a Matriz da Freguesia. Reclamou providências ao Imperador. Afinal o Governo Provincial mandou demolir o templo vendendo em haste pública, o material aproveitável. O vigário Aquino, alugou, para o culto divino, um prédio por 50$000 réis mensais, pagos à sua expensa. Demorada a reconstrução da igreja, o padre Aquino, veio à imprensa, verberando o descaso oficial, o bispo tentou arrefecer a intrepidez de seu subordinado hierárquico, na peleja em que se empenhara. O padre resisitiu aos panos quentes do diocesano e prosseguiu nas reclamações. Tanto que em 1865, um surto de varíola em Campo Belo, o Padre Aquino fez-se de enfermeiro e por várias vezes, carregava cadáveres e com suas próprias mãos abria-lhes o covão no cemitério.
As Festas do Glorioso Patriarca São José eram celebradas todos os dias 25 de março com pompa e brilhantismo, havendo nossa cantada, sermão, Procissão e Te-Deum, e o púlpito era ocupado por eloqüentes e distintos oradores sagrados. Havia Banda de Música dos Festeiros. Dois ou 3 dias antes da festa, havia Leitões de prendas, oferecidas pelos devotos e no dia 24, véspera do grande leilão em espetáculo pirotécnico em frente a Matriz. Os Festeiros apelavam para os moradores da freguesia iluminaram a frente de suas casas na noite de 25, honrando assim de um modo esplêndido à solenidade do padroeiro S. José.
Foi ele o reconstrutor da Capela, transformando-a em Matriz de São José.
Faleceu em 27 de Janeiro de 1880. Em 1881 é nomeado vigário de Campo Belo, o Padre Benito Carrera.
Monsenhor Mariano Capellini é nomeado em 1902, vigário de Campo Belo. Funda em sua Paróquia o Apostolado do Sagrado Coração de Jesus.
Em 1904 é nomeado vigário de Campo Belo, o padre Paulo Cortes.
Em 1916, o Bispo D. Benassi, visita a sede da freguesia de Campo Belo que, festivamente recebe o ilustre prelado. Durante a visita episcopal são crismadas 1.120 crianças e ministrada 2.800 comunhões.
Em 1926 é nomeado vigário, com jurisdição em Campo Belo, o padre Cícero Machado Sales, Monsenhor José Sundrup, cura desde 1930, servindo a Paróquia de Itatiaia.
Figura que se elevou na simpatia do povo, um verdadeiro “Bom Pastor”, percorria a cavalo, em estradas inacessíveis, semeando a caridade entre ricos e pobres. Sua lembrança permanece na nossa História.
Em 1944, Monsenhor Ludovico Stanuch, como vigário substituto e nomeado para a Igreja Matriz de S. José em Itatiaia. Faleceu em 7 de Julho de 1985 em Resende.
Um dos mais marcantes padres de Itatiaia foi José Wyrwinski de origem polonesa, radicado em Itatiaia desde 1962, encontra a matriz em ruína em algumas partes.
Pe José Wyrwinski nasceu aos 15 de janeiro de 1912 em BIECZYNY, Estado de POZNÁN, na Polônia. Seus pais, Francisco WYRWINSKI e Francisca ROSZAK WYRWINSKI eram agricultores. Tiveram doze filhos e Pe José era o nono filho do casal.
Cursou o primário em PIATKOWO, hoje distrito de POZNAN. Fez o curso ginasial em POZNAN. Em fevereiro de 1933 entra na Congregação da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, atraído pelo exemplo de seu grande amigo, já falecido Pe Francisco ANDERS. Concluiu o noviciado na Casa da Congregação em Cracóvia e aos 15 de Agosto de 1934 fez primeiros votos religiosos. Neste mesmo ano foi enviado para Roma-Itália, onde permaneceu na Casa Generalícia da Congregação, no Seminário Internacional, convivendo com estudantes americanos, poloneses, italianos e búlgaros. Estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, três anos de Filosofia – licenciado em Filosofia e quatro anos de Teologia.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi ordenado sacerdote aos 7 de junho de 1941 na Basílica de São João Latrão.
Foi nomeado Mestre dos Noviços durante dois anos.
Estudou dois anos de Direito Canônico. Atuou como Capelão no Exército Polonês que lutava ao lado dos ingleses na Itália. Acompanhou o exército na luta até o norte da Itália e foi condecorado pelos bons prestados com a Cruz de Prata pelos méritos e medalhas de Guerra da Inglaterra, Itália e Polônia. Em setembro de 1946, acompanhando os soldados poloneses, foi embarcado para a Inglaterra. Dois anos depois desmobilizado do Exército a pedido da Congregação foi trabalhar na paróquia de BIASCA, TKCINO, na Suíça.
No ano de 1950 foi enviado a Viena – Áustria ainda ocupada pelos exércitos aliados, sendo nomeado superior da Casa da Congregação e Reitor da Igreja para dar assistência religiosa aos Poloneses de Viena e de toda a Áustria.
Retorna a Roma sete anos depois, onde encontrou D. Agnello Rossi, naquela época Bispo de Barra do Piraí, que na ocasião procurava padres para trabalhar no Brasil.
Pe José aceitou o convite de D. Agnello e dia 9 de março de 1959, junto com Pe Leon WOJTYNIAK, desembarcaram no Rio de Janeiro. Foram enviados por D. Agnello a Resende, onde fundaram a Paróquia de Santa Cecília no Manejo.
Pe José trabalhou durante três anos como vigário Cooperador e então D. Agnello o convidou para ser vigário da Paróquia de São José em Itatiaia. Dia 22 de março de 1962 ele tomou posse da Paróquia.
Atuou durante 27 anos como Pároco em Itatiaia, como o próprio diz sua “Terra Brasileira” e sua “casa”.
Aposentou-se em 31 de janeiro de 1988 e, e, 1989 foi para Curitiba exercer ofício no Seminário do Cristo Ressuscitado.
Em 1990 foi homenageado e recebeu o Título de Cidadão Itatiaiense.
Em 1992 Pe José retorna a Itatiaia para morar definitivamente.
Com a saúde debilitada, agravada em 1994, por graves problemas cardíacos, tem suas atividades limitadas.
Seus cabelos brancos, o olhar claro, seu falar calmo com forte sotaque polonês, doce, tranqüilo, pacífico, este é Pe José Wyrwinski, cujo princípio de vida se resume na frase: “O importante é cativar.”
Em sua longa trajetória por nossas terras, PE JOSÉ WYRWINSKI acaba se tornando membro de inúmeras famílias e é com a grata satisfação que o vemos participar das mais variadas atividades em nosso dia a dia.
Em festas, casamentos, batizados e almoços sempre havia tempo para as estórias da Polônia, da juventude de seus pais e irmãos.
E aos 10 dias do mês de março de 2002, seus lindos olhos azuis se fecham para as belezas de Itatiaia, mas permanecem na memória deste povo a luz que por anos, ele, Pe José, fez brilhar em nossas vidas.
O Padre José tomou a frente da construção do templo, do salão e da Casa Paroquial.
Permanecendo em Itatiaia por 40 anos com muitas histórias envolvendo trabalho, solidariedade, amor, cidadania, deixando muita saudade, desde o início de sua caminhada na Paróquia de Itatiaia.
Faleceu em 11 de março de 2002.
Hoje a matriz de Itatiaia é dirigida pelo Padre João Solak, polonês, atual dirigente da Matriz de São José.