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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Expedicionários Itatiaienses da FEB - ACIDHIS - Revista Comemorativa 2005

EXPEDICIONÁRIOS ITATIAIENSES DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - HOMENAGEM NOS 60 ANOS DO DIA VITÒRIA EM 2005 POR SUAS CONTRIBUIÇÕES EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE MUNDIAL
Integraram a FEB os seguintes itatiaienses, em cuja memória foi erigido monumento existente na Avenida dos Expedicionários: Grunvald Carvalho, Iodarcil Ferreira, Carlos de Freitas, João Pantaleão Nunes, Enesir Gonçalves, Alberto Pereira e José Lopes.
Para estes bravos itatiaienses confirmou-se este trecho de sua canção
Por mais terras que eu percorra.
Não permita Deus que em morra,
sem que eu volte para lá.( para Itatiaia)
E que eu leve por divisa.
Este V que simboliza,
A vitória que virá !
A nossa vitoria final !

Objetos Históricos farão parte da Composição do Memorial do Café















Aqui estão postados alguns dos inúmeros objetos que fazem parte do Acervo Particular de D. Alda Bernardes de Faria e Silva a serem doados para a implantação do Memorial do Café em Itatiaia para o próximo ano(2009).

MEMORIAL DO CAFÉ - Carlos Lima

Memorial do Café - por Carlos Lima

A professora e fisioterapeuta D. Alda Bernardes de Faria e Silva, vem há pelo menos 60 anos de sua vida, coletando dados sobre a história local de Itatiaia. Hoje ela possui o maior acervo histórico-cultural da cidade. Seu currículo dispensa qualquer comentário, mais de 50 títulos entre os nacionais e os internacionais, sempre levando o nome de Itatiaia onde quer que esteja. Esta Itatiaiense nascida nos idos de 1925, é a senhora imponente da história e da cultura, merecedora de todo o nosso respeito e consideração. O sonho da implantação do Memorial do Café, na antiga propriedade do ilustre Reynaldo Maia Souto, foi por conta do Decreto n.º 1633, de 10 de abril de 2008, na qual a Prefeitura Municipal de Itatiaia declara Utilidade Pública, para efeito de desapropriação, do imóvel com 1.168, 50 metros quadrados. D. Alda Bernardes de Faria e Silva, aguarda que o processo seja concluído para a realização do projeto que é o de implantar aqui um local de referência não só para os moradores daqui, como também para os veranistas.
Veja a foto de alguns dos muitos objetos do século XIX.

NÚCLEO COLONIAL DO ITATIAIA

Em 30 de abril de 1908 o governo do Estado do Rio, representando a União, entra em contato com o Comendador Henrique Irineu de Souza – filho e herdeiro do Visconde de Mauá – para adquirir as fazendas localizadas no maciço de Itatiaia. Em 04 de Junho de 1908 foi lavrada a escritura de compra pelo Governo Federal de 48.000 hectares de terra com benfeitorias, distribuídas em 7 fazendas, por 130 contos de réis, para instalação de núcleos coloniais. Em dezembro de 1908 chegam os primeiros colonos. Instalam-se os Núcleos Coloniais Itatiaya e o Núcleo Colonial Visconde de Mauá. Os lotes são vendidos aos colonos pelo Governo Federal, assumindo o mesmo, de dezembro de 1908 a maio de 1916, todas as responsabilidades com o empreendimento. Pelo decreto n.º 12.083 de 31 de maio de 1916, o Governo Federal emancipa o Núcleo Colonial Itatiaya, no Estado do Rio de Janeiro.
A emancipação era fato previsto pelo Estado na vida da colônia. Significava a autonomia da mesma. O governo suspendia seu apoio. A partir desse fato foram permitidas as vendas dos lotes coloniais a qualquer elemento interessado na sua compra. Data portanto de 1916 o início da compra por fazendeiros da região, e outros, de lotes de colonos “estrangeiros” e de “colonos nacionais”, documentados em cartórios do município. Passou-se a receber turistas nas próprias casas. Foram depois construídas as primeiras pousadas. Data de 1924 a aquisição do lote 90 por Josef Simon. Nesse lote construiu, anos após, o Hotel Simon.Robert Donati, comprou o lote 128, nele construiu um hotel, inaugurado em 1931 com o nome Hotel Repouso Itatiaia, hoje Hotel Donati. E assim outros foram construídos, em lotes do Núcleo Colonial Itatyaia, em épocas diversas – Hotel Cabanas de Itatiaia, Núcleo Colonial Itatiaya, em épocas diversas – Hotel Cabanas de Itatiaia, Aldeia dos Pássaros e Hotel do Ypê – retratando as transformações sociais e econômicas ocorridas nesse original povoamento.
(Dados e trechos do livro: Imigrantes em Resende: Visconde de Mauá (1908-1916) MAN de Resende – pesquisa de Alexandre Mendes da Rocha).
Na década de vinte, o que hoje se chama Parque Nacional do Itatiaia chamava-se Núcleo Colonial de Itatiaia. Era um núcleo de colonização alemã e francesa. Um dos colonos chamava-se Leonard Walter, agricultor, que cultivava pereiras e macieiras. Por volta de 1926, Sr. Spanner deu ao Sr. Walter a idéia de estabelecer uma pequena pensão de veraneio. Ele fez então uma cabana de palmito muito rústica. Como madame Walter sofria de uma paralisia reumática, a família Dalgele passou a tomar conta.
Certa noite de 1928, o pequeno Dedé, que até hoje bom ouvido para a música, ouviu um grupo cantando belas canções e perguntou à mãe quem eram. Ela lhe disse que eram finlandeses que procuravam uma terra ideal para estabelecer uma colônia. O grupo era de quatro pessoas: dona Lisa e seu marido Toivo Uuskallio, Toivo Suni e um rapaz de dezesseis anos chamado Franz Hule. Dedé, que já falava o alemão, tornou-se o intérprete deles, que também falavam aquela língua.
Agora, vejam os leitores quantas histórias interessantes aconteceram a partir daí. Primeiro, uma espécie de pré-história da sauna entre nós. Como foi dito, madame Walter sofria de uma paralisia reumática. Pois bem, os finlandeses propuseram aos Walter construir ali uma sauna para trata-la. Proposta aceita, construíram-na, exatamente onde hoje é o Hotel Repouso Itatiaia, antigo Donati e mais antigo Pensão Walter. Eles pegavam a Sra Walter no colo, colocavam-na dentro do quarto quente, dali a retiravam certo tempo depois e a jogavam numa piscina natural represada no rio. Umas duas ou três vezes por semana. Em três meses, madame Walter estava andando. Era a primeira sauna construída no Brasil e inaugurada de forma auspiciosa. Ali, os finlandeses souberam que os beneditinos estariam interessados em vender uma fazenda chamada Penedo, pouco mais abaixo, nas fraldas da mesma serra. O forno da primeira sauna finlandesa foi construído na oficina do Schubert, em Itatiaia. (Frederico de Carvalho)
A imigração de europeus para Itatiaia é um capítulo da história local que não se pode desprezar – mesmo porque parte da população Itatiaiense, hoje, é constituída por descendentes destes imigrantes. Sem contar que eles nos deixaram importante legado cultural, incorporado aos hábitos e costumes locais.
Da segunda metade do século XIX, ao início do século XX, o município recebeu grande leva de imigrantes alemães, suíços, austríacos, italianos, húngaros, franceses, espanhóis, portugueses e até mesmo chineses – que se instalaram em Mauá, Itatiaia e Porto Real.
A criação de Núcleo Coloniais em Resende, pelo Governo Federal, representou um período de transição entre o ciclo do café e a pecuária leiteira, quando tentou-se a manutenção do pouco que ainda restava da lavoura cafeeira, e a ampliação da agricultura, através do plantio de outros produtos, como cereais, frutas e cana-de-açúcar.
Núcleo Colonial Itatiaia – (Vale do Campo Belo) foram criados pelo Governo, em 1908, que os manteve até 1916, quando foram emancipados. Os imigrantes europeus – predominantemente, suíços, alemães e austríacos – foram instalados nas terras da grande fazenda do Visconde do Mauá(Irineu Evangelista de Souza), repartida em 106 lotes rurais e 107 urbanos – estes localizados nas sedes dos núcleos (onde seriam, hoje, a vila de Visconde de Mauá e a sede do Parque Nacional do Itatiaia).
Os imigrantes eram subvencionados pelo governo que pagava a passagem e um auxílio provisório, além de instrumentos e sementes, até conseguirem produzir.
A terra – grande ambição dos colonos - era conseguida através de um pagamento a prestação.
No Núcleo de Visconde de Mauá, o Governo Federal instalou escritório técnico, farmácia, escola, padaria, igreja e carpintaria; comerciantes abriram armazéns.
Mas o funcionamento disto tudo foi sempre muito precário.
À região de Mauá e Itatiaia foi escolhida para a instalação dos Núcleos Coloniais, devido a seu clima e paisagem semelhante aos Alpes, o que facilitaria a adaptação dos imigrantes europeus. Além disso, a região era um território quase que totalmente desocupado, formado por densa floresta, antes habitada apenas pelos índios Puris(e Botocudos) ou eventuais posseiros mineiros.
Nas colônias de Mauá e Itatiaia foram experimentadas plantações de cereais e frutas, semelhantes ao que se cultivava na Europa. Esta produção deveria destinar-se também ao mercado externo – do Rio e de São Paulo.
FRACASSO
O Núcleo Colonial Itatiaia redundaram num grande fracasso. Primeiramente, porque as promessas do Governo foram apenas parcialmente cumpridas; e também devido às péssimas condições da estrada de acesso a Mauá, o que dificultava o escoamento da mercadoria produzida no Núcleo. Para se ter uma idéia, gastavam-se 48 horas, a cavalo, de Mauá a Resende. O fracasso deveu-se, ainda, ao fato de que os imigrantes, em grande parte, não eram agricultores. Além de tudo isso, a produção não encontrou colocação no mercado das grandes cidades, monopolizado pelos importadores.
Com o fracasso dos Núcleos, as terras foram vendidas para os mineiros provenientes do Vale do Rio Grande, que dedicaram-se à criação do gado, iniciando-se, assim, um novo ciclo produtivo, na região: o da pecuária leiteira.
Após a desagregação dos Núcleos poucos colonos permaneceram em Itatiaia, existindo , hoje, apenas algumas famílias descendentes dos imigrantes europeus: os Bühler, Bütner e Frech, em Mauá; e os Daigele, em Itatiaia.
(Fonte consultada: Imigrantes em Resende: Visconde de Mauá, de Alexandre Mendes da Rocha)
Núcleo Colonial do Itatiaia
1909-2008(99 anos)



Por volta de 1889-1890, o Comendador Henrique Irineu de Souza, nasceu no Rio a 24-02-1851, filho do Visconde de Mauá – Irineu Evangelista de Souza, natural de Jaguarão - RS, e de D. Maria Joaquina de Souza Machado, era casado com Jesuína de Azevedo Salles. Instalou em sua fazenda na Serra do Itatiaia o Núcleo Colonial do Itatiaia.
Os colonos italianos se dedicavam ao cultivo de frutas e turbérculos, e viam-se frondejar opulentas macieiras, pereiras, ameixeiras, uvas e pêssegos, frutificando dentro da suavidade do clima do Itatiaia(a cavaleiro da Freguesia de Campo Belo).
Em 1909, Henrique Irineu de Souza expõe no Rio, frutas produzidas no Núcleo.
Entre os belos pomos, figuravam pêssegos brancos e róseos, peras d´água, ameixa de Madagascar, Rainha Cláudia, laranjas tipo baiano, limas marmelos, pinhas frutas do Conde e outras quantas que compravam a uberdade do solo e a adaptação dessas espécies ao clima da região.
O governo federal adquire por 130 contos de réis, as propriedades rurais pertencentes ao Comendador Henrique Irineu de Souza, situadas no Itatiaia, e aí são criados os dois núcleos coloniais, Itatiaia e Mauá para localização de lavradores estrangeiros e nacionais.
Em 1912 chegam ao Núcleo “Itatiaia” as primeiras doze famílias de colonos holandeses. Instala-se oficialmente o Núcleo Colonial “Itatiaia” na serra do mesmo nome. A sede demora a 823 metros sobre mar. Dispõe de 83 lotes rurais com área de 23 hectares, em cada qual estavam localizados 146 colonos franceses, alemães, holandeses, belgas e italianos.

A despesa com a aquisição de terras, construção de casas e caminhos, monta a 307.2999$000.
Em 1912, Rodolfo da Rocha Miranda – Ministro da Agricultura, visita os Núcleos Coloniais. “Itatiaia e Mauá”, situados no Município de Resende, e cujo insucesso prevê, considerando-os impróprios à colonização alemã e francesa.
Frank Brainard, chefe da seção de Pomologia do Ministério da Agricultura, visitou o Núcleo Itatiaia no relato oficial de suas observações afirma, ao titular da “Pasta”.
Benfica é região apropriada à cultura de frutas européias, principalmente; na região além das “Macieiras” foi plantada alfafa da Suíça e da Sibéria; no preparo de solos, ao vez da enxada, deve usar-se o arado; cumpre estabelecer no Itatiaia, uma estação de pomocultura e outra de laticínio; o gado da região está isento de parasitas, não era atacado pelo carrapato, era em geral, grande produtor de leite, e de carnes sadias, engordando oficialmente e não dependendo de grandes cuidados de trato.
A Revista Alemã “Brazilianische Rucdchan” estampou matéria concernente ao Núcleo Itatiaia e clichês das Agulhas Negras e do Lago Azul, belos aspectos panorâmicos da Região das Agulhas Negras.
O presidente da República Marechal Hermes da Fonseca visitou o Núcleo Colonial em plena mata a 2.350 metros de altitude sobre o mar.
Em plena floresta é servido o primeiro repasto, a 1800 metros de altura.
Após 2 dias de permanência na montanha, os itinerantes regressavam a cavalo para Campo Belo.
Em 1913, o Diretor do Núcleo Itatiaia distribuiu a imprensa local, uvas brancas e pretas produzidas no respectivo estabelecimento agrícola.
Cachos de uvas brancas pesavam 2 a 3 quilos e saborosas, rivalizando com os melhores tipos europeus.



Núcleo Colonial “Itatiaia”

1907 – “O Governo Federal entabola negociações para adquirir as propriedades do Comendador Henrique Irineu de Souza, situadas na Serra do Itatiaia, município de Resende e no limítrofe de Aiuruoca-MG.”(1 –pág 141)
“O Governo Federal adquire por 130 contos de réis, as propriedades rurais pertencentes ao Comendador Henrique Irineu de Souza, situadas no Itatiaia, deste Município de Resende e, ai, são criados dois núcleos coloniais para localização de lavradores estrangeiros e nacionais.”(2 – pág 141)
Em 1912, chegam ao núcleo “Itatiaia” as primeiras doze famílias de colonos holandeses.(3 – pág 142)
“Instala-se oficialmente o núcleo colonial “Itatiaya”, na serra do mesmo nome. A sede demora a 823 metros sobre o mar. Dispõe de 83 lotes rurais, com área de 23 hectares, em cada qual estavam localizados 146 colonos franceses, alemães, belgas e italianos. A despesa com aquisição de terras, construção de casas e caminhos, monta a 307:299$000”.(4 – pág.148)
“Rodolfo da Rocha Miranada, Ministro da Agricultura, visita os núcleos coloniais “Itatiaia” e “Mauá”, situados no Município de Resende, e cujo insucesso prevê, considerando-os impróprios à colonização alemã e francesa” (5 – pág 148)
“ Frank Brainard, chefe da Seção de Pomologia do Ministério da Agricultura, visita o Núcleo Itatiaya. No relato oficial de suas observações afirma, ao titular da Pasta. Benfica é a região apropriada à cultura de frutas européias, principalmente, a uva; na região além das Macieiras deve ser plantada a alface da Suíça e da Sibéria; no preparo do solo, ao em vez da enxada, deve usar-se o arado; cumpre estabelecer, no Itatiaia, uma estação de pomocultura e alfafa outra de laticínio; o gado da região está isento de parasitas, não é atacado pelo carrapato, é grande produtor de leite e de carnes sadias, engordando facilmente e não dependendo de grandes cuidados de trato.”
“A revista alemã “Brazilianische Rucdehass”, estampa matéria concernente ao núcleo “Itatiaia” e clichês das Agulhas begras e do Lago Azul, belos aspectos panorâmicos da montanha resendense”. (7 – pág. 152)
“O Presidente da República Marechal Hermes da Fonseca, o Dr. Oliveira Botelho, presidente do Estado, o Cel. Barbedo, chefe da Casa Militar da presidência, o Cap. Ten. Cunha Meneses, ajudante de ordens do Chefe da Nação, o Cel. Filadelfo, comandante da Força Militar do Estado e figuras representativas da sociedade local visitam os núcleos “Mauá” e “Itatiaia” entregando-´se a incursões cenegéticas. Logram abate, em Mauá, uma anta pesando 180 quilos. São infrutiferamente, corridos 2 veados. Os presidentes pernoitaram em um rancho em plena mata a 2.350 metros de altitude sobre o mar. De Mauá seguem a cavalo para Itatiaia, vencida a distância em 7 horas de marcha batida. Em plena floresta é servido o primeiro repasto, a 1.800 metros de altura. Após dois dias de permanência na montanha os itinerantes regressaram a Campo Belo, de cujo termo partem à uma hora da manhã para o Rio”.
“O Diretor do núcleo Itataya distribuiu à imprensa local, uvas brancas, e pretas produzidas no respectivo estabelecimento agrícola. Cachos de uvas brancas pesavam de 2 a 3 quilos e saborosíssimas, rivalizando vantajosamente, com os melhores tipos europeus.” (9 – pág. 155)
“O Governo resolve localizar nos núcleos Itatiaya e Mauá, os indivíduos que, sem trabalho se fazem apreensivo problema, nas ruas do Rio de Janeiro. São assim colocados 530 homens que não se afeiçoando ao serviço de terra, abandonam os núcleos da montanha”. (10 – pág. 162)
“Fixa residência no município localizando-se em propriedade que adquire no núcleo Itatiaya, o Barão Homem de Melo, notável figura de historiador e filósofo, Barão Francisco Ignácio Marcondes. Homem de Melo nasceu em Pindamonhangaba em 01/05/1873, faleceu em 04/01/1918. Foi Presidente de São Paulo e Rio Grande do Sul. Filho de Visconde de Pindamonhagaba, Sr. Francisco Homem de Melo e casado com Maria Joaquina Marcondes Ribas, filha do Capitão Candido Marcondes Ribas e de Ana Rosa.” (11- pág 165)
“ A direção do núcleo Itatiaya expõe, no Rio de Janeiro, frutas produzidas no respectivo estabelecimento, quer por colonos ali localizados, quer por particulares. O mostruário que desperta atenção pública e merece da imprensa lisongeiras referências e grandes cachos de uvas brancas, pêssegos rosados e amarelos, maçãs, pêras, ameixas do Japão, caquis, rainha Cláudia, morango, mamão(muitos destes últimos pesando 2 quilos); limão doce e azedo, banana de diversas qualidades. Causa surpresa um dos cachos com 274 alentados frutos. Um dos expositores, Paulo Armandi, expõe magnífico e saboroso produto, compota de jabuticaba.” (12 – pág 168/169)
“Campos Porto, naturalista do Jardim Botânico publica interessante trabalho A Flora Orquídea da Serra do Itatiaia. Percorrendo, demoradamente, a montanha consegue apurar 1.200 variedades de parasitas, muitas das quais de forma e coloração bizarra. Entre os exemplares há um de rara beleza, ao qual o naturalista denomina “ Cattaley-a Itatiayae” e que parece hidrido natural e difere de todas as espécies catalogadas na Flora Brasiliense.” (13- pág.177)
Bopp Itamar – “Resende” – Cem Anos da Cidade
1848 – 1948

CONCLUSÃO:
O local conhecido como Núcleo Colonial Itatiaya, foi assim denominado pelo Governo, que em 04 de Junho de 1908 comprou do Comendador Henrique Irineu de Souza, filho e herdeiro do Visconde de Mauá, 48.000 hectares de terra com benfeitorias, distribuídas em 7 fazendas, para instalação dos Núcleos Coloniais Itatiaya e Visconde de Mauá. Estes dois Núcleos Coloniais foram os dois únicos núcleos federais organizados no Estado do Rio, dentre vinte e três fundados em todo o país durante a fase de colonização de começos do século XX. Os Núcleos foram divididos em lotes para serem vendidos aos colonos pelo Governo, que passava a responder integralmente por estas colônias. O Núcleo Colonial Itatiaya recebeu predominantemente famílias imigrantes alemãs, suíças e austríacas com o propósito de produzir frutas européias, cereais, tubérculos e criar gado de raças de clima temperado, pois as terras da Serra da Mantiqueira foram equivocadamente avaliadas como área de clima semelhante ao dos Alpes Europeus. Por diversos motivos, o objetivo do Núcleo não foi atingido, e em 31 de maio de 1916 o Governo Federal emancipou o Núcleo Colonial Itatiaya, referendando seu fracasso e inviabilidade. A emancipação era fato previsto pelo Estado na vida da colônia. Significava a autonomia da mesma. O governo suspendia seu apoio. A partir desse fato foram permitidas as vendas dos lotes coloniais a qualquer elemento interessado na sua compra. Data portanto de 1916 o início da compra por fazendeiros da região, e outros, de lotes de colonos “estrangeiros” e de “colonos nacionais” , documentados em cartórios do município. Passou-se a receber turistas nas próprias casas. Foram depois construídas as primeiras pousadas. Datas de 1924 a aquisição do lote 90 por Josef Simon. Nesse lote construiu, anos após, o Hotel Simon. Robert Donati, comprou o lote 128, nele construiu um hotel, nele construiu um Hotel Donati. E assim outros foram construídos, em lotes do Núcleo Colonial Itatiaya, em épocas diversas – Hotel Cabanas de Itatiaia, Aldeia dos Pássaros e Hotel do Ypê – retratando as transformações sociais e econômicas ocorridas nesse original povoamento.
(Dados e trechos do livro: Imigrantes em Resende: Visconde de Mauá – 1908-1916 – MAM de Resende – pesquisa de Alexandre Mendes da Rocha).
Em 14 de junho de 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia pelo decreto n.º 1.713. Tal diploma legal, sabiamente não incorporou nenhum dos lotes que tinham sido vendidos aos colonos e a terceiros pelo Governo , portanto, de propriedade privada: o Parque Nacional do Itatiaia(11.943 hectares) foi constituído pela área da Estação Biológica do Rio de Janeiro mais alguns lotes do Núcleo Colonial que ainda pertenciam ao Ministério da Agricultura. Fora do limite do Parque ficaram outros lotes de propriedade da União, aonde vieram ser instaladas a sede do Parque e as demais dependências. Também não foram incluídos os chamados no Decreto n.º 1713 de lotes privados encravados e citados como área “...da que for desapropriada...”. Na verdade nunca o foram, e serviriam para unir os lotes públicos externos aos limites do Parque Nacional do Itatiaia aos contidos dentro de seus limites.
Em 1982, o decreto n.º 87.586, de 20/09/1982, sancionado pelo Geenral João Baptista Figueiredo, na qualidade de Presidente da República, ampliou os limites do Parque Nacional do Itatiaia de 11.943 hectares para “aproximadamente 30.000 hectares”. O decreto incluiu, discricionariamente, lotes do Núcleo Colonial Itatyaia pertencentes a particulares, sem definir que seriam desapropriados e sem justificativa técnica para inclui-los. Esses novos limites na parte sul estão em desacordo ao proposto no Plano de Manejo desse mesmo ano (1982) para o PNI. Nesse documento consta explicitamente: “Considerando que Parque Nacional é uma categoria de manejo onde, dentre outras qualificações, as terras devem pertencer integralmente ao Poder Público, e que, as condições em que se encontra a área representada pelos lotes remanescentes do Núcleo Colonial Itatiaia a desqualificam como Parque Nacional, julgarmos adequada a transferência da categoria de manejo desse conjunto de lotes, encravado do Parque Nacional, para Parque Natural, onde tais condições são admissíveis”. Embora não mais exista a categoria Parque Natural, o fato é que o documento de encaminhamento da ampliação do parque reconhecia não ser admissível à inclusão desses lotes referidos dentro dos limites de um Parque Nacional.
Fonte: Associação dos Amigos do Itatiaia

HISTÓRIA DO MONTANHISMO E ALPINISMO EM ITATIAIA - Acadêmico Paulo Roberto Zikan

HISTÓRIA DO MONTANHISMO E ALPINISMO EM ITATIAIA

Originário dos Alpes o alpinismo virou montanhismo no Brasil. Em 1839, a senhora América Vespucci inaugurava o esporte em nosso país escalando o morro do Pão de Açúcar, com 395 metros de altura, ante o olhar incrédulo do povo que se reuniu na Urca para acompanhar o grande feito. Mantendo as lideranças das mulheres, a princesa Isabel realizou a primeira escalada oficial do Pico das Agulhas Negras, em Itatiaia, ao participar da expedição do botânico Glaziou, em maio de 1883.
A primeira manifestação do montanhismo no Brasil ocorreu em 1856, quando José Franklim da Silva escalou o “Pico das Agulhas Negras”. Residia na antiga Vila de Aiuruoca e movido por um pioneirismo quase visionário, ele escalou os imponentes paredões rochosos até atingir sozinho o ponto culminante, tomando-se o primeiro brasileiro a atingir a maior altitude (naquela época) alcançada em nosso país, a 2.787,4 metros.
O ponto culminante do Brasil hoje, se encontra na fronteira com a Venezuela. É o Pico da Neblina com 2.993,8 metros de altitude. O Pico das Agulhas Negras está agora em 8o lugar dentre os cumes brasileiros e seu nome é Itatiaiaçu.
Para lá chegar, o solitário escalador venceu os primeiros pontões, depois escalou os paredões sulcados pela erosão, vencendo calhas perigosas, chaminés e muitos abismos. Tudo isso sem contar que ainda não havia caminhos para ali chegar (estradas e trilhas). Um verdadeiro ato de bravura que mereceu destaque nacional. O relato de sua escalada foi enviado pelo nosso montanhista à Côrte, onde em palavras narrou o caminho que galgara, suas dificuldades e suas belezas encontradas que destaca com entusiasmo e admiração.
Em 21 de agosto de 1879 a oficialização do esporte de Alpinismo no Brasil contou com a iniciativa de um grupo de paranaenses liderados por Joaquim Olímpio de Miranda, que decidiu escalar o Maciço do Marumbí, situado na Serra do Mar do Paraná. O cume principal com 1547 metros de altitude ficou denominado de Monte Olímpio.
Em 1912 Teixeira Guimarães e seus companheiros conquistam o Dedo de Deus na Serra dos Órgãos em Teresópolis. Teixeira havia sido guia, alguns anos antes, de uma equipe alemã, que não conseguiu chegar nem à base da pedra devido à vegetação abundante. Nessa conquista, nossa equipe venceu passagens tão difíceis para a época que a escalada só foi realizada novamente 20 anos depois.
Foram tempos pioneiros, onde o lombo da mula fazia a vez do automóvel, as ricas e pesadas vestes só contribuíam para aumentar ainda mais o peso dos primeiros montanhistas brasileiros. Era duro escalar, mas não faltavam nobres e aventureiros que se arriscavam nas altas montanhas que cercam as cidades do Rio de Janeiro, transformando cada incidente da viagem em histórias carregadas de heroísmo, bem ao gosto das conversas de salão.
A situação privilegiada do Estado do Rio de Janeiro – possuidor de um formidável conjunto de montanhas em seu território – o torna líder no cenário montanhista, com um grande número de clubes e uma federação.
Como é praticado atualmente, o montanhismo faz parte de uma atividade conhecida como excursionismo, que compreende excursões em praias, montanhas, no campo ou na cidade. Já o alpinismo, é o esporte unicamente relacionado em escalar as rochas utilizando equipamentos específicos. Esses esportes são para os que procuram uma forma de lazer baseada na vida ao ar livre. O que vale é a vivencia do companheirismo, a sedimentação de amizades nos bons e maus momentos, quando a sobrevivência coletiva depende da ação de cada um.
O esporte encontra nos parques nacionais, como os de Itatiaia e Serra dos Órgãos, montanhas de altura, forma e beleza dignas dos melhores escaladores. Muito antes da formação desses parques, os guias de clubes se faziam presentes, conquistando paredões e criando as condições necessárias para que outros pudessem desfrutar a alegria de chegar ao cume.
Os montanhistas e adeptos foram se organizando e formando cada vez mais clubes e grupos de excursões e montanhismo. A nossa região da Serra do Itatiaia, onde há o Pico das Agulhas Negras, é o berço dos maiores montanhistas do Brasil. Está atuante também o GEAN – Grupo Excursionista Agulhas Negras fundado em 20 de outubro de 1962.

Colaboração do texto: Paulo R. Zikan – Montanhista e acadêmico da ACIDHIS

O MUNICÍPIO DE ITATIAIA - Alda Bernardes de Faria e Silva

COMUNICAÇÃO: O MUNICÍPIO DE ITATIAIA



A Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba foram primitivamente cobertas de densas matas, ocupadas por selvagens, os Puris, pertencentes ao grupo dos Coroados que deram ao maciço o nome de Ita-ti-ai-a, que segundo Afonso de Taunay em tupi-guarani significa “pedra cheia de pontas”.
Do século XVI ao século XVII, com a descoberta do ouro nas Gerais, o Vale e a Serra foi intensamente percorrida por aventureiros e faiscadores à procura de indícios auríferos, seguindo as primitivas trilhas dos selvagens.
No meado do século XVIII, tornaram-se importantes vias de transporte das Minas Gerais para o porto de Angra dos Reis e Parati, por onde escoava o ouro por via Marítima.
Em conseqüência desse tráfego, foram surgindo na região vários ranchos. Assim, da fundação de Itatiaia, como a de muitos aglomerados urbanos, não se conhece nomes entre seus fundadores.
A colonização só se deu nas primeiras décadas do século XIX com a chegada de algumas famílias, procedentes de Alagoa, de Aiuruóca - MG, com
O esgotamento das minas de ouro das Gerais.
Verificando-se maior estabilidade dos que já aqui viviam. As terras apresentavam a vantagem de servir para plantações, surgindo na vasta planície os canaviais e seus engenhos, formando-se os grandes latifúndios.
Foi no início do século XIX, na década de trinta, que surgiu o povoado de Campo Belo, com a instalação do Distrito de Paz e Tabelionato em 13 de maio de 1832, para inclusive, o registro de terras e escravos. Em 5 de abril de 1839, por Lei Provincial, nº 139, foi instalado o curato Eclesiástico de São José do Campo Belo, subordinado a Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Resende.
A primeira capela data de 1839. Erigida em terras doadas por D. Silvéria Soares Lucinda, com a condição de invocar S. José, padroeiro de sua família.
Esta capela deu origem a atual Matriz de Itatiaia, construída em 1848.
Em 1842, por Lei Provincial n. º 272, de nove de maio, elevada à categoria de Freguesia de Campo Belo.
Em 1851, abriu-se a primeira Escola Pública de Itatiaia por Lei Provincial para atendimento aos estudantes do sexo masculino.
Em 1862 foi inaugurada a primeira escola feminina.
A fase áurea do Café também chamado de “Ouro Verde”, que foi impulsionado pela exploração da via fluvial pelo Rio Paraíba do Sul, atingiu seu apogeu entre 1860 a 1870.
Segundo o Almanak Lammert, na década de 1880, a Freguesia de S. José do Campo Bello (Itatiaia) era quase exclusivamente produtora de café, e possuía, para beneficia-lo, excelentes máquinas.
Podemos citar o Comendador Manuel da Rocha Leão – proprietário da Fazenda Cachoeira, cujo café obteve prêmio de alto preço – medalha de ouro. O galardão só foi conferido a três dentre cerca de 1000 grupos do produto, na Exposição de Paris, em 1866.
Outro importante proprietário da Fazenda da Serra, o Cel. Tito Lívio Martins, produzia grande quantidade de café em sua fazenda da então Campo Belo. Era filho de D. Maria Benedita Gonçalves Martins, conhecida como a “Rainha do Café”, em Resende.
Outro dos grandes cafeicultores da época, o Comendador Joaquim Gomes Jardim, em sua fazenda Valparaíso (situada na freguesia de Campo Bello), produziu 8.551 arrobas de café no ano de 1860, Domingos Gomes Jardim, descendente do Comendador, receberia na Feira da Filadélfia, nos EUA, o prêmio “Alta Qualidade”. Na Exposição Regional de dois de dezembro de 1885, destacava-se o café tipo “Moca”, das fazendas Itatiaia, de Rocha Leão, e Valparaíso, de Domingos Gomes Jardim, ambas da freguesia de Campo Bello.
No ano de 1873 com a chegada da ferrovia D. Pedro II em Campo Belo.
Por volta de 1889-1890, o Comendador Henrique Irineu de Souza, nascido no Rio, filho do Visconde de Mauá – Irineu Evangelista de Souza, com a abolição da escravatura, começou a buscar alternativas para o desenvolvimento de suas terras, já que não dispunha de mão de obra suficiente para a cultura agrícola e à pecuária.
No século XIX, ocorria na Inglaterra a Revolução Industrial e o país necessitava de mercado consumidor para os seus produtos. Como escravos não ganham dinheiro, não constituem mercado consumidor.Isso influenciou na proibição do comércio de escravos negros (1830), que dificultou a obtenção de trabalhadores eficientes e baratos pelos barões de café.
A obtenção de escravos africanos tornara-se muito mais cara e difícil, já que era necessário comprá-los de traficantes.
Os proprietários temiam pela escassez de mão-de-obra. Começou então uma política de forte incentivo à imigração européia.
Deixava-se claro, entretanto, que os europeus que viessem para cá serviriam, apenas, às necessidades da produção de café, cobrindo a falta de mão-de-obra existente, já que o interesse dos cafeicultores não era ter concorrência dos europeus na agricultura.
Na Europa em plena expansão capitalista, as massas populares estavam insatisfeitas com a situação de miséria em que viviam, e, sem perspectiva de conseguir melhores condições de trabalho e de vida, muitas pessoas arriscavam-se a vir para o Brasil, aceitando qualquer salário que os latifundiários se oferecessem a pagar.
O preconceito foi um fator que também favoreceu a imigração. Vendo-se obrigados a pagar salários aos trabalhadores de suas terras, os barões davam preferência aos europeus do que a negros ou orientais.
Já em 1882 iniciou-se a fase da pecuária, pelo Cel. José Mendes Bernardes – precursor do gado leiteiro, com o início da exportação de manteiga e leite para a capital Rio de Janeiro.
No ano de 1888 foi marco o início da Canalização das Águas em Campo Bello.
Em 1891 houve o surgimento da Companhia Centros Pastoris do Brasil, que em 1905 empregava 200 homens e exportava 10.000 litros de leite para o Rio de Janeiro.
Enquanto isso, a região de Montserrat (uma das sete fazendas de Irineu Evangelista de Souza), desenvolve-se com uma tendência implacável à criação de um Núcleo Colonial no Itatiaia.
No dia quatro de Junho de 1908, registrava-se o impulso das terras no Itatiaia pelos colonos italianos, franceses, alemães e belgas.
Em 1909, Henrique Irineu de Souza expõe no Rio, frutas produzidas no Núcleo.
No ano de 1911 houve uma tentativa pró-emancipacionista encabeçada por Eduardo Torres Cotrim e José Mendes Bernardes, os precursores do ideal emancipacionista.
Em 1912 chegam ao Núcleo “Itatiaia” as primeiras doze famílias de colonos holandeses.
Em 1920 se deu a implantação da Luz Elétrica, em Campo Bello (Itatiaia).
Em 1921 iniciaram-se as reformas do antigo casarão de D. Mariana Rocha Leão (hoje Paço Municipal Campo Bello) para o funcionamento do H.C. I(Hospital de Convalescente de Itatiaia) que foi instalado oficialmente a 1. º de março de 1923.
No ano de 1922 foi criada a Usina de Laticínios Campo Bello, dois anos depois em 1924 houve a instalação do S.M. I (Sanatório Militar de Itatiaia) e em 1927 se deu à fundação do Cine Campo Bello, por Gil Astrolfo de Araújo e Henrique Döhler.
Nesse mesmo ano em 1927 foi dado o primeiro passo para a concretização do projeto que resultaria na fundação da Colônia Finlandesa –a 1ª sauna finlandesa foi em terreno no Parque Nacional do Itatiaia. E em 1929 é fundada a Colônia Finlandesa no loteamento de Penedo, com a compra da Fazenda Penedo, em Itatiaia.
No Governo de Getúlio Vargas em uma de suas tantas visitas a Itatiaia, podemos citar as inaugurações do Parque Nacional do Itatiaia a 14 de Junho de 1937.
No ano de 1938, Campo Belo foi elevado à Vila por Lei Federal e em 1943, outro decreto deu ao quarto distrito de Resende e Vila Campo Bello, o expressivo nome de Itatiaia.
Em 1950, os vereadores Graciema Carvalho da Silveira Cotrim e Reinaldo Maia Souto entraram com um pedido de que criasse uma sub-prefeitura em Itatiaia. Essa iniciativa fez com que fosse criado o 8º Distrito de Resende, Engenheiro Passos, até então pertencente à área do Distrito de Itatiaia.
De 1957/58 surge um novo movimento emancipacionista, tendo à frente Lauro Mendes Bernardes e outros.
Em 1964 uma outra tentativa pró - emancipacionista aconteceu, sob o comando de Haroldo Nunes de Almeida, Benedito Ribeiro Martins, Sargento Roque Marinho e outros.
Em 1969 a Usina Hidrelétrica do Funil, começava o enchimento do reservatório e entrava em operação o primeiro dos três geradores.
Em 1976 instalava-se a Fábrica Xerox do Brasil e em 1981, a Michilin.
Em 1983 ressurge um novo movimento emancipacionista, mais experiente e mais determinado.
Oficialmente, em 1984 é criada a Comissão Pró-emancipacionista em Itatiaia por um grupo de idealistas liderados pelo economista Nilson Rodrigues Neves.
Alda Bernardes de Faria e Silva(atual presidente da ACIDHIS) E SEU IRMÃO Humberto Bernardes, Altair Valente, Cel. Rubens Tramujas Mader, Rui Camejo, Christiano Ribeiro, Dalmo Barbosa, Élio Gouvêa, George Waldemar Fusco, João Paulo D´Oliveira, José Moreira da Silva, Laércio Guedes de Barros, Márcio de Almeida Maia, Nilson Rodrigues Neves, Major Oswaldo Motta, Sebastião Oliveira Soares e Walter Martins Moreira.
No ano de 1987 o sonho consagrou-se com um plebiscito vitorioso do SIM, não tendo mais jeito, senão ao inevitável.
Em 1988 se deu a criação do Município de Itatiaia e em 1989, foram implantados os Poderes Executivo e Legislativo.
No ano de 1992 fundamos a Academia Itatiaiense de História, no dia 1º de Junho, cujo propósito é o da preservação da memória histórica de Itatiaia.
No ano de 2000, aniversário dos 500 anos do Brasil, Itatiaia foi contemplada com a Criação de uma Comarca Única.
Hoje, como grande desafio, a Academia Itatiaiense de História vem lutando pela implantação de um Memorial do Café, com todo um acervo de peças, documentos, fotos antigas, entre outros datados do século XIX para servir de atrativo para os visitantes e como estímulo ao conhecimento de um passado que edificou um presente e que deve ser passado para as gerações futuras.
Queremos em público agradecer ao Excelentíssimo Sr. Jair Alexandre Gonçalves, nosso Prefeito Municipal, pela desapropriação da Chácara Pequenina que servirá para a implantação do Memorial do Café dentro do Município de Itatiaia, criando dentro das expectativas, atrativo a mais para o veranista adentrar-se no Município de Itatiaia e promovendo através disso, ações culturais para os nossos munícipes, estudantes, docentes, bem como a instituições públicas e privadas e ao fomento turístico local.
Muito Obrigada a todos!
Texto Fonte: Alda Bernardes de Faria e Silva- Presidente da ACIDHIS